5 mitos e verdades sobre amamentação: Da sabedoria popular até a científica

Roberta Manreza Publicado em 05/07/2017, às 00h00 - Atualizado em 02/07/2018, às 09h29

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5 de julho de 2017


Por Priscila Predisser, enfermeira em maternidade da Medela

Desmistifique as tradições sobre os primeiros passos de como cuidar do seu bebê 
O leite materno é a melhor opção nutricional para o bebê. Porém, nem sempre este processo ocorre de forma descomplicada e o que deveria ser um momento único, de vínculo entre a mãe e a criança, pode gerar momentos de frustração e desconforto.

O período de 6 a 8 semanas após o parto, durante o qual o corpo sofre uma série de alterações para retornar ao estado como era antes da gestação, é uma fase em que a mulher necessita de apoio do companheiro e dos familiares. Em alguns casos, este período se torna conflitante pois com muitas pessoas ao redor, é esperado que todos tenham a intenção de influenciar através das suas crenças e experiências.

Quando o assunto é amamentação, o debate entre as orientações médicas e as práticas vividas pelas avós e mães acontecem com uma certa frequência. Todavia, é realmente necessário criar este abismo entre as recomendações dos profissionais da saúde e as experiências vividas pelas mães e avós sobre a melhor forma de cuidar dos bebês?

Para esclarecer dúvidas sobre este importante tema, a especialista e enfermeira em maternidade da Medela, Priscila Preissler, desvenda 5 mitos e verdades sobre amamentação:

1.Quando a mãe retorna ao trabalho, é impossível continuar oferecendo leite materno ao bebê. MITO!

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Após a licença maternidade, que normalmente finaliza quando a criança tem de 4 a 6 meses de idade, se for o desejo da mãe continuar amamentando, é possível manter a produção do leite e continuar ofertando ao bebê. Atualmente, extrair o leite materno é uma prática acessível, facilitando o retorno da mãe para suas atividades, sem perder os benefícios do aleitamento. As bombas para extração de leite materno, por exemplo, podem ser utilizadas no trabalho ou em qualquer lugar, pois são práticas, portáteis e imitam o padrão de sucção do bebê. O leite extraído pode ser armazenado no refrigerador por 12 horas ou no congelador por até 15 dias. Existem várias opções para ofertar o leite para a criança, o ideal é que a mãe consulte um profissional da saúde para entender qual a melhor indicação.

2. Amamentar necessita de paciência. VERDADE!

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Apesar de ser um ato natural, amamentar é uma ação que deve ser aprendida. Durante o processo surgem vários questionamentos. Muitos são os obstáculos que a mãe pode enfrentar durante a jornada, e é necessária paciência e força de vontade para vencê-los. Entre as dificuldades: falta de conhecimento e conscientização da população e dos profissionais da saúde; culturas, crenças e mitos; condutas inapropriadas e pouca qualificação dos profissionais.

3. O bebê deve mamar a cada 3 horas. MITO!

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Muitos profissionais ainda orientam às mães a oferecer o seio ao bebê a cada 3 horas, o que na prática gera dúvida, pois se o filho(a) chorar após 1 hora da mamada, a mãe deve ou não oferecer o seio novamente?
Hoje trabalha-se com o conceito de livre demanda para alimentação da criança, sem horários pré-estabelecidos, atendendo as necessidades calóricas e emocionais do bebê, quando ele quiser, pelo tempo que ele quiser.

4. É necessário oferecer chá ou suco para o bebê antes dos 6 meses para suprir sua sede. MITO!

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O aleitamento materno é responsável pela influência positiva na sobrevivência, na saúde e no desenvolvimento das crianças. Muitos efeitos positivos do leite materno, como a proteção contra infecções, são mais evidentes se a amamentação for exclusiva nos primeiros meses de vida, pois a ação protetora contra diarréias e doenças respiratórias pode reduzir quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer outro alimento.

5 . As mães devem evitar a cafeína e cortar a bebida alcoólica. VERDADE!

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Muitas substâncias e alimentos podem alterar a composição do leite. Deve-se evitar doses excessivas de cafeína, pois pode deixar o bebê irritado e sem sono e o álcool, que destrói as células nervosas e deixa o bebê sem fome, levando ao baixo ganho de peso. Deve-se também evitar o tabagismos e tomar cuidado com o consumo de certos medicamentos.




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