MARIANA KOTSCHO e ROBERTA MANREZA – A história das apresentadoras que descobriram como conciliar jornalismo e maternidade

pmadmin Publicado em 12/06/2013, às 00h00 - Atualizado em 10/10/2014, às 15h19

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12 de junho de 2013


Luiz Gustavo Pacete – Portal Imprensa

Amigas de infância, as jornalistas Mariana Kotscho e Roberta Manreza foram muito além de compartilhar projetos e conquistas. Elas criaram, há quatro anos, um programa de televisão aliando experiência pessoal e profissional. O “Papo de Mãe”, exibido pela TV Brasil, surgiu porque as duas viveram, simultaneamente, a experiência de conciliar maternidade e trabalho.

No caso de Mariana, sua decisão em deixar a TV Globo para se dedicar aos filhos veio da dificuldade de conciliar a rotina da redação com a maternidade. Ela não generaliza, frisa que essa foi uma experiência muito pessoal. “Eu tive meus três filhos na época em que era repórter e muitas outras jornalistas também ficaram grávidas naquele tempo, a redação era tomada por papos de mães, isso me inspirou a criar o programa”.

Quando seu filho caçula completou sete meses, Mariana deixou a vida de repórter para se dedicar à maternidade. “Apesar de não ser possível conciliar, eu também não queria largar o jornalismo. Foi aí que surgiu a ideia do programa. Mesmo quando eu era repórter, já havia entrevistado várias mães e mulheres”. Independente de classe social, Mariana destaca que todas as mães possuem os mesmos interesses. “Quando se fala de filho você se iguala a qualquer pessoa”.

Já Roberta conta que quando sua filha nasceu, ela também estava na TV Globo e chegava à redação três da manhã para fazer o “Globo Rural”. “Antes de ser mãe eu nem via tanto problemas, mas conforme seus filhos crescem fica complicado não ter feriado, natais e finais de semana”. Apesar de admitir que hoje não trabalha menos, ela consegue conciliar seus horários.

Quando Mariana apresentou a ideia para Roberta, ela topou e o projeto foi tomando corpo. Ofereceram para a TV Brasil e a GNT. Acabaram fechando com a emissora pública. Apesar do nome, o programa não é um simples papo ou a discussão de futilidades, pelo contrário. Segundo Mariana, o principal objetivo é a prestação de serviços. “Eu sempre acreditei no jornalismo como uma função social e o fato de estarmos em uma televisão pública aumenta ainda mais nossa responsabilidade de prestar serviço”. Mariana ressalta que o programa serve como uma troca de experiência sempre acompanhada por especialistas e da divulgação de serviços.

Anseios geracionais 

Em quatro anos, foi possível detectar anseios e necessidades dessa geração de mães. Mariana explica que uma preocupação muito comum às mães atuais é saber lidar com a internet e as redes sociais. “Como o programa não fala somente de bebês, mas também de adolescentes, é um desafio para elas que, quando foram crianças, não tinham a internet”.

Outro tema bem atual é a relação da família com a escola e a inclusão social. Outros temas como o avanço da medicina e a convivência com limitações, no caso de filhos deficientes são temas frequentemente discutidos sem ir ao extremo do sensacionalismo e sem precisar chocar para ganhar audiência.

A mãe e o trabalho 

Partindo da experiência das apresentadoras, o “Papo de Mãe” também trata com frequência da relação entre a mulher e o trabalho. Mariana conta que não são todas as mulheres que podem deixar a carreira para se dedicar à família. No ambiente do jornalismo, Mariana reconhece que ainda não existe uma estrutura que possa atender às necessidades da mulher. “Eu trabalhei em várias emissoras e nunca vi nenhuma creche, me parece que falta às empresas preparo e estrutura que ajude a mulher”, ressalta Mariana.

Diálogo digital 

Um ponto forte do programa é o diálogo. A informalidade e a presença nas redes sociais fazem com que as mães tirem dúvidas e troquem experiências. “Esse diálogo enriquece muito e fazemos questão de responder a todas as dúvidas e mensagens que as mães nos enviam”. Não são somente as mães que assistem e interagem com o programa, pais, tias, avós, toda a família acaba tendo acesso ao formato. “É um verdadeiro reality show, as mães levam os filhos ao programa e é isso. Às vezes, trocam fraldas, a ideia é ter esse ambiente de papo de mãe”.

Fonte: http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/58618/a+historia+das+apresentadoras+que+descobriram+como+conciliar+jornalismo+e+maternidade




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