Álcool em gel: herói e vilão em tempos de Covid-19

Extremamente inflamável, a chama do álcool em gel é incolor, diferentemente da versão líquida. Portanto, ao usá-lo nas mãos, é preciso esperar secar completamente para se aproximar do fogo, acender fogão, cigarro, churrasqueira etc.

Roberta Manreza Publicado em 30/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h44

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30 de abril de 2020


Em tempos de pandemia da Covid-19, o álcool em gel tornou-se um aliado para combater o novo coronavírus, porém, ao mesmo tempo, ele pode ser um risco para adultos e, principalmente, crianças.

Extremamente inflamável, a chama do álcool em gel é incolor, diferentemente da versão líquida. Portanto, ao usá-lo nas mãos, é preciso esperar secar completamente para se aproximar do fogo, acender fogão, cigarro, churrasqueira etc.

“E na quarentena, com as crianças em casa, repletas de energia para gastar, os cuidados devem ser redobrados”. O alerta é do Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Estamos frequentemente pedindo e orientando as crianças a higienizarem as mãos e esquecemos que aquilo é álcool, muito perigoso, passível de provocar queimaduras graves”, explica o especialista.

Dicas do Dr. Fernando Amato:

– Em casa, opte por lavar as mãos com água e sabão;

– Na necessidade de usar o álcool em gel, é muito importante que um adulto supervisione a higienização das crianças;

– Após passar o álcool em gel nas mãos, aguarde secar para retomar às atividades.”

“Queimaduras são sérias e quando não levam à morte, podem provocar cicatrizes para o resto da vida”, conta Dr. Amato.

*Sobre Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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