Amizade é para sempre?

Amigos vêm e vão. Outros chegam e ficam. E se amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração, então não pode ser amigo da onça.

Roberta Manreza Publicado em 16/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h06

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16 de outubro de 2020


Divulgação/Editora Girassol
Amigos vêm e vão. Outros chegam e ficam. E se amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração, então não pode ser amigo da onça.Tem a amiga de balada, a melhor amiga, a amiga de infância. Essa costuma ser a amiga mais antiga, aquela que atravessou todos os momentos com você.

Tem amigos que somam e tem os que somem. Tem ainda aqueles que, mesmo de longe, ou depois de anos, são sempre lembrados. E quando a gente os encontra é como se nunca tivesse perdido contato.

Tem amigo que vira inimigo, mas esse a gente nem conta. Quando somos crianças, a gente logo descobre que pode ter vários melhores amigos porque com cada um vivemos algo diferente.

Todos esses pensamentos me vieram durante a entrevista ao vivo que eu e a Roberta Manreza fizemos na última segunda-feira (12), Dia das Crianças, com Maurício de Sousa, cartunista, ilustrador, escritor e criador da turma da Mônica, e a escritora, psicopedagoga e arteterapeuta Paula Furtado.

Roberta é minha amiga de infância, nós nos conhecemos aos 7 anos. Estudamos juntas na escola e até fizemos a mesma faculdade. Somos “melhores amigas para sempre”. Aliás, é este o título do livro que Mauricio e Paula lançaram na live (transmitida pelas redes da TV Cultura e da editora Girassol Brasil). O livro “Melhores amigas para Sempre”, é da coleção Bem-Me-Quer, que traz como tema central as habilidades socioemocionais.

O novo livro, com Mônica e Magali na capa, fala de amizade, ciúmes e inveja.

“A ideia é abordar esses temas em família e na escola e os livros ajudam a trazer os assuntos”, disse Paula Furtado. Professoras e professores que acompanharam a live contaram que já adotaram a coleção em sala de aula.

Muito animado e cheio de histórias, Mauricio de Sousa trouxe memórias da própria infância, citou a importância dos livros na vida dele e lembrou de como a mãe teve um papel fundamental no incentivo à leitura. O pai da Mônica, criador de mais de 400 personagens, também revelou de onde veio tanta inspiração: dos amigos de infância, dos filhos, enfim, do contato humano. Bem humorado, Mauricio falou em “contágio humano”, algo de que tem sentido falta durante a pandemia por causa do isolamento social.

Às vésperas de completar 85 anos (ele faz aniversário dia 27 de outubro), Mauricio de Sousa continua no batente conquistando novas gerações e ressalta a importância de acompanhar as transformações da sociedade: “Chico Bento não solta mais balão nem Cebolinha picha muro”.

O cartunista não vê a hora de voltar para os estúdios da Maurício de Sousa Produções e poder autografar pessoalmente seus livros.

Fica como dica a nossa entrevista com Mauricio de Sousa e Paula Furtado:

Assista também ao programa Papo de Mãe sobre amizade na infância:

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