Autismo na vida adulta: Empresa treina profissionais com TEA para o mercado de TI

Roberta Manreza Publicado em 15/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 23h29

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15 de agosto de 2016


Clarissa Meyer – Portal Papo de Mãe

A gente ouve muito falar em autismo na infância, do desafio da inclusão escolar, mas o que será que acontece depois que estas crianças crescem? Será que elas conseguem arrumar um emprego, por exemplo?

Apesar de todas as dificuldades, muitos jovens com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) conseguem terminar a escola e até mesmo entrar na faculdade. Porém, quando o assunto é mercado de trabalho, muitos ficam para trás desde o momento da entrevista.

Estima-se que mais de 80% dos adultos com autismo não têm emprego. De acordo com uma pesquisa realizada pela National Autistic Society, entidade britânica de caridade,  apenas 12% dos adultos autistas com alto grau de funcionamento trabalham em tempo integral. Por outro lado, um estudo americano revela que 87% daqueles que receberam ajuda para encontrar emprego possuem um. Potencial e vontade eles têm, o que lhes falta é oportunidade.

No Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo (2 de abril), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon lançou um “Call to Action” sobre o emprego, convidando empresas e administrações públicas a empenharem-se e comprometerem-se em contratar pessoas com autismo, reconsiderar a maneira como percebem essas pessoas, dedicar tempo para conhecer esta condição e, assim, criar oportunidades que podem mudar vidas. “Reconhecer os talentos das pessoas com TEA, ao invés de focar em suas fraquezas, é essencial para criar uma sociedade verdadeiramente inclusiva”.

A boa notícia é que algumas empresas ao redor do mundo estão descobrindo as vantagens em se trabalhar com pessoas no espectro. É o caso da Specialisterne, empresa social dinamarquesa que chegou ao Brasil há um ano. Com 20 escritórios espalhados pelo mundo, a empresa tem como objetivo aproveitar as capacidades especiais das pessoas com autismo para o mercado de TI. Os traços que geralmente excluem as pessoas com TEA do mercado são os mesmos que na Specialisterne os tornam empregados valiosos.

O Papo de Mãe foi conversar com a diretora de formação da Specialisterne, Fernanda Lima, para saber mais sobre como é feito  o trabalho de seleção e treinamento desses jovens.

Esperamos que iniciativas como esta se ampliem para outras áreas e que estes profissionais recebam o tratamento e  reconhecimento que merecem.

Confira a entrevista:

Assista ao Papo de Mãe sobre  Síndrome de Asperger:

Papo de Mãe sobre Inclusão no Mercado de Trabalho:




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