E o faz de conta é muito importante para o desenvolvimento da criança. Eu pesquisei sobre o assunto e conversei com os especialistas que entrevistamos para o tempojunto. Em geral, esta fase de brincadeira começa próximo dos 3 anos e vai até 7, 8 anos ou mais.
Há quatro áreas do desenvolvimento que são estimuladas pelo faz de conta:
Intelectual – desenvolvendo habilidades como resolução de problemas, negociação, criatividade, organização e planejamento, retenção de tradições, costumes e cultura familiares, aplicação de conhecimento na prática e até matemática!
Físico – estímulo de coordenação motora e coordenação espacial.
Social – entendimento dos papeis sociais, visão do seu lugar na família, compartilhar, colocar-se no lugar do outro, cooperação, controle da impulsividade, reconhecer os pontos fortes do outro e lidar com desapontamentos.
Emocional – aumento da auto-estima, orgulho próprio, desenvolvimento da sensação de segurança e proteção, desenvolvimento da independência, reconhecimento de sentimentos e de propósitos.
No faz de conta as crianças imitam as atividades dos adultos e transformam todas as referências (desenhos, filmes, atividades do dia a dia) que têm em brincadeiras de fantasia . É princesa para um lado, herói de outro. É o dia do médico, ou de ser professor, ou de cuidar dos filhinhos. Também pode ter o dia de escritório, do bombeiro, do monstro e assim por diante.
Não oficialmente, eu classifiquei as brincadeiras de faz de conta em três tipos:
1. As tradicionais: casinha, médico, escola, escritório
2. Com fantasias e máscaras
3. Com materiais não específicos(caixas de papelão, lençois, roupas e acessórios de adultos )
Também já observei que o faz de conta pode ser brincado sozinho, com os irmãos ou amigos, e (até) com os adultos! Mas pode acontecer de não conseguirmos acompanhá-los. Em geral porque já nos esquecemos de como é o faz de conta. Às vezes também nos sentimos constrangidos de bancar o “príncipe” ou o “neném”.
Tudo bem. Inclusive um dado da Associação para Educação Infantil (Association of Childhood Education International ) explica que o brincar de fantasiar não deve ser substituído por brincadeiras dirigidas. E que qualquer interferência do adulto neste momento é menos valiosa do que a experiência e descoberta da criança no faz de conta.
Então, vamos deixar as crianças fazerem de conta! E você pode ajudar neste processo de duas formas:
1 – Tempo.
Pense bem. Se você precisa de tempo para desenvolver um projeto de trabalho, a criança também precisa de tempo para desenvolver seu faz de conta. Então, dê tempo a ela para brincar, para sua imaginação voar longe. Segure a vontade de ficar perguntando o que ela está fazendo; evite interromper. Só fique atento de longe para ver se ela não se coloca em perigo.
2 – Oferecer materiais para estimular o faz de conta.
Uma o caixa de papelão e lençois, echarpes, tecidos, revistas velhas ou aquela calculadora antiga. Todos estes materiais – e muitos outros existentes em casa – são o sonho de qualquer criança “imaginadora”.
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