Um balanço parcial divulgado pela Prefeitura de São Paulo mostra que o número de casos de dengue praticamente triplicou em janeiro de 2015. Pelo menos 120 casos autóctones (contraídos no município) foram confirmados, e outros 1.304 estão sendo investigados.
Os dados dizem respeito ao período do dia 4 ao 24 de janeiro. Em janeiro de 2014, foram 45 casos confirmados.
Esse aumento fez a Prefeitura acender o sinal de alerta em razão do armazenamento de água que está sendo feito pela população em razão da crise hídrica. A administração estima que a cidade pode enfrentar uma situação crítica em 2015, com até 90 mil casos de dengue.
A recomendação é redobrar a atenção e evitar deixar água parada no quintal em baldes. A caixa d’água e os reservatórios devem ficar tampados.
A Prefeitura de São Paulo afirma que reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. As subprefeituras também estão envolvidas neste trabalho preventivo.
“A dengue tem esta tendência de repiques a cada dois ou três anos. O município registrou 5.866 casos em 2010, nos anos seguintes houve uma redução e, em 2014, o estado de São Paulo registrou um aumento da dengue, também pela própria natureza da evolução do mosquito e do próprio vírus”, disse a coordenadora da Covisa, Wilma Morimoto.
No ano passado, o Estado de São Paulo registrou 193.636 casos. Na capital, em 2014, foram registrados 28.995 casos autóctones (97,7% ocorreram no primeiro semestre), com 14 óbitos ao longo do ano.
Febre
Em relação à febre chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, não houve registro de casos autóctones na cidade neste ano, segundo a Secretaria da Saúde.
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