Cinto de segurança é fundamental na prevenção de acidentes

Roberta Manreza Publicado em 15/07/2015, às 00h00 - Atualizado em 13/12/2015, às 15h18

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15 de julho de 2015


Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

O cinto de segurança é um dispositivo projetado para a defesa dos ocupantes de um meio de transporte. Em caso de colisão, o cinto não permite que o passageiro seja ejetado para fora do veículo ou bata com a cabeça contra partes duras, o que reduz tanto a gravidade dos acidentes quanto a ocorrência de ferimentos.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que apenas 50,2% da população afirmam sempre usar o cinto quando estão no banco traseiro de carro, van ou táxi. Os entrevistados mostram mais consciência quando estão no banco da frente, quando 79,4% das pessoas com 18 anos ou mais dizem sempre usar o item de segurança.

Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) mostram que para um carro, bater num objeto fixo a uma velocidade de 60km/h, equivale a cair de um prédio de quatro andares (numa altura de aproximadamente 14 metros). Mesmo que o veículo esteja numa velocidade de 20km/h, o impacto sob um objeto fixo resulta numa força superior a 15 vezes ao peso da pessoa. Daí resultam os graves ferimentos que podem ser fatais. Uma em cada cinco lesões acontecem porque os ocupantes do veículo bateram-se uns contra os outros.

A enfermeira de Fortaleza (CE) Jéssica Oliveira, de 22 anos, sentiu na pele a importância de usar o cinto no banco traseiro. Ao voltar de férias com a família, no começo de 2007, o carro em que estava perdeu o controle e capotou duas vezes. “Estava no banco de trás, no meio e sem o cinto. Durante as capotagens, como estava solta, bati a cabeça no teto. Minha irmã Germana estava sentada ao meu lado, usando o cinto, não sofreu este impacto”, conta. A família foi atendida pelo SAMU ainda na estrada e não sofreu ferimentos graves, mas o alerta mostrou a importância do dispositivo de segurança para Jéssica. “Graças a Deus ficamos todos bem, mas poderia ter me machucado muito mais, já que eu não estava de cinto”.

O cinto na parte traseira do veículo reduz o risco de morte tanto de quem viaja no banco traseiro como de quem está na frente, pois, em uma colisão, impede que o corpo dos passageiros seja projetado para frente, atingindo o motorista e o carona. Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que o cinto de segurança no banco da frente reduz o risco de morte em 45% e, no banco traseiro, em até 75%.

O Ministério da Saúde está propondo uma série de ações intersetoriais para a promoção de uma política específica de prevenção aos acidentes de trânsito. Entre as propostas que estão em estudo, destaca-se o uso de equipamentos de segurança, a melhor capacitação para habilitação e ações na área de fiscalização. Essa discussão será levada para o 2º Road Safety, Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, que será realizada no Brasil em novembro com o objetivo de repactuar metas e traçar novas estratégias do governo e da sociedade para garantir a segurança da população e salvar milhões de vidas.




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