Combate ao abuso e exploração sexual é tema de exposição em Brasília  

Roberta Manreza Publicado em 09/06/2015, às 00h00 - Atualizado às 08h15

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9 de junho de 2015


Michelle Cannes – Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg

Abertura da 1ª Mostra de Artes sob o tema Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, no Espaço Cultural do TST, com trabalhos realizados por crianças Wilson Dias/Agência Brasil

Trabalhos feitos por crianças e adolescentes dos centros de Convivência e de Referência de Assistência Social do Distrito Federal estão expostos em uma mostra de arte, sob o tema Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, inaugurada ontem (8), no Espaço Cultural do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O evento faz parte das ações do dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, e é uma realização da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social do DF. Ao todo, são 19 painéis em que foram aplicadas diferentes técnicas, como pintura e colagem.

Segundo a diretora da dos Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da secretaria, Roselita Cosmo de Sousa Sales, durante dois meses, os educadores trabalharam o tema com as crianças e adolescentes, que depois colocaram nas telas o que aprenderam. “O objetivo é, discutir, conscientizar e fazer com que eles sejam protagonistas da mudança desse processo. Trabalhando na ponta com as suas comunidades, famílias e realidades, eles podem fazer a promoção e a mudança desse processo”, disse Roselita.

Bruno Cezar é educador social e trabalha em um dos centros de convivência de Brazlândia, região administrativa de Brasília. Ele atende crianças entre 6 e 14 anos e participou dos debates com os alunos. “É um tema complexo, então temos que usar uma linguagem clara e eficaz para as crianças.”

O presidente do TST, ministro Antonio Barros Levenhagen, que participou da cerimônia de abertura, defendeu a necessidade de conscientização sobre o problema e ressaltou que é preciso alertar as crianças, bem cedo, para determinadas situações que as colocam em risco.

A primeira-dama do Distrito Federal, Márcia Rollemberg, também destacou a importância da conscientização: “há possibilidade de a criança perceber os sintomas do que possa estar levando a uma possível prática de abuso e fazer uma prevenção, buscar um apoio e uma orientação antes que o abuso aconteça”.

Os centros de convivência são locais de orientação socioeducativa voltados para a população em situação de risco e vulnerabilidade Os trabalhos podem ser vistos pelo público até o próximo dia 12, das 8h às 18h, no mezanino do Bloco A do TST, onde fica o Espaço Cultural.

Dicas de Leitura sobre Abuso Sexual:

O SEGREDO DA TARTANINA Alessandra Rocha Santos Silva,  Sheila Maria Prado Soma, Cristina Fukumori Watarai e Irene Costa
Criado por psicólogas clínicas, este livro é fruto de anos de experiência profissional no atendimento a vítimas de abuso sexual. Com abordagem lúdica e interativa, adultos e crianças acompanham a história de Tartanina, uma pequena tartaruga vítima de agressão, servindo-se dessa analogia para fomentar uma conversa franca e elucidativa sobre este tema tão crítico. O Segredo da Tartanina é recomendado para uso didático ou clínico em instituições públicas e privadas, por meio de assistência especializada ou voluntária. Pode ser usado por pais, responsáveis, educadores, assistentes sociais ou terapeutas que desejam auxiliar, diagnosticar suspeitas ou desenvolver um trabalho preventivo contra essa que é uma das piores agressões praticadas contra a criança e a família. Saiba mais sobre o livro e como adquiri-lo pelo site www.tartanina.org.br.
SEGREDO SEGREDÍSSIMOOdívia Barros
Adriana é uma menina triste que tem um segredo segredíssimo. A sorte dela é que sua amiga Alice é muito esperta, e ao saber do segredo dá a Adriana um conselho conselhíssimo. Adriana segue o conselho e sua vida muda para melhor. Livro infantil polêmico e inovador, já avaliado por educadores, e que vai dar o que falar. A autora toca delicadamente – mas com firmeza – na questão do abuso infantil. Destinado à educação infantil nas escolas públicas e privadas.
FALE! Laurie Halse Anderson

No Brasil, a cada 8 minutos, uma criança é vítima de abuso sexual. A grande maioria das vítimas são meninas com idade entre 2 e 15 anos. É estimado que o abuso sexual contra crianças e adolescentes atinja mais de 30% da população. Aproximadamente 60% das vítimas são atacadas por alguém que conhecem.  Fale! é best-seller do NY Times, com mais de 3 milhões de exemplares vendidos. Recebeu o“Altamente Recomendável” norte-americano para leitura escolar pela Associação Americana de Bibliotecas (ALA), finalista do National Book Award (divide com o Pulitzer o posto de mais importante prêmio literário dos EUA).




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