Neste Dia da Infância, educadora faz alerta sobre a importância de cada fase da vida das crianças, e como preservar a qualidade do brincar
Redação Papo de Mãe Publicado em 24/08/2021, às 16h38
É durante a infância – período que vai até os 12 anos de idade – que o desenvolvimento neurológico, cognitivo e emocional, acontece, segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Exatamente por isso, os direitos básicos como a educação, o brincar, cuidados e orientações médicas, precisam ser reforçados.
Tais direitos são assegurados na Constituição Brasileira (pela Lei 13.257/2016) e trazem à tona a necessidade do olhar mais cuidadoso e atento aos primeiros anos de vida. Apesar disso, uma pesquisa de 2018 da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostrou que seis a cada dez crianças vivem em situação de precariedade, ou seja, vivem expostas a condições ambientais desfavoráveis para o desenvolvimento emocional, cognitivo e até mesmo neurológico.
Em busca de levantar o debate e a conscientização sobre a importância da infância, o Unicef escolheu o dia 24 de agosto, esta terça-feira, como o Dia da Infância. Afinal, as crianças levam para o restante de suas vidas muito do que experimentam neste período.
E para a educadora Lucia Tavares, diretora do Marista Escola Social Irmão Justino, não é diferente. Ela salienta a necessidade de preservar a infância e traz dicas de como garantir tais direitos. O primeiro deles, segundo ela, é que as crianças convivam com crianças e mantenham o hábito de brincar. Com um ano e meio de pandemia da Covid-19, esse ponto foi bastante prejudicado por conta do distanciamento social e das aulas on-line.
"Os últimos dois anos não foram favoráveis. As crianças nascidas a partir de 2019, por exemplo, não têm muitas experiências fora de casa ou interagindo com outras em espaços públicos", explica a educadora. Pensado nisso, a diretora lembra que as atitudes tomadas pelos pais têm papel fundamental no processo de garantir o pleno desenvolvimento infantil.
A infância precisa ser vivida integralmente, sem apressar as etapas do crescimento, e pais informados podem tomar as melhores decisões sobre quais limites impor e como estimular que os filhos desfrutem do melhor deste momento” (LT).
Confira a seguir algumas dicas de como garantir uma infância saudável, segura e acolhedora. Por Lucia Tavares:
"Enquanto estamos em pandemia, assegure-se de que a criança pode interagir com outras de forma segura: dê preferência a passeios ao ar livre, como parques, praças ou quintais e não descuide do uso de máscaras".
"Esteja atento a quais conteúdos seu filho consome quando está em frente às telas. Certifique-se de que são educativos e adequados para sua idade e, sempre que puder, assista junto para que vocês possam conversar sobre".
"Estimule que a criança se ocupe com atividades diversificadas. Estabeleça um limite de horas para o uso de equipamentos eletrônicos e sugira brincadeiras, jogos e atividades manuais".
"Tenha cuidado para não sobrecarregá-la com assuntos ou tarefas complexas demais para sua idade e tamanho. Ao distribuir atividades em casa, peça que seu filho ajude com pequenas tarefas e evite conversar com ele sobre 'assuntos de adulto', que podem deixá-lo ansioso ou fazê-lo sentir um senso de responsabilidade que ainda não precisa".
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