Como será a escola do futuro?

Roberta Manreza Publicado em 28/07/2015, às 00h00 - Atualizado às 09h23

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28 de julho de 2015


MA – Abril.com, clicRBS, Exame e Terra / Universitário

Educação para um novo milênio. A maioria dos países desenvolvidos já entendeu como funciona: transformar a sala de aula em uma pequena empresa, com foco em resultados, gerenciada de forma moderna. Em alguns campus norte-americanos a ideia começa a vingar; e também na Ásia escolas e universidades experimentam a chamada “Educação do Futuro”. Mas a tendência é mundial.

Os cases mais exemplares são a Universidade de Indiana, a Universidade Multimídia da Malásia, a Koninklijke Bibliotheek (Biblioteca Real Holandesa), a Biblioteca Liaoning, na Província de Liaoning (China), o Museu Nacional da Austrália, o Museu Egípcio no Cairo e a Biblioteca Nacional Dinamarquesa para Cegos. Em todos esses lugares, a administração está voltada a resultados, com uma ampla oferta digital aos mestres e pesquisadores.

Escola de ensino fundamental na China. Uso de notebooks já é realidade em sala de aula desde a mais tenra infância

Entre as novidades tecnológicas à disposição de professores e alunos estão o gerenciamento eficiente e o armazenamento digital de documentos, áudio e vídeo, que facilitam a pesquisa; acesso remoto à informação, via rede (mesmo a alunos que não pertençam à escola); aprimoramento dos recursos de ensino, reutilizando e compartilhando conteúdo em toda a escola ou universidade; compartilhamento em tempo real de informações com outras instituições, para colaboração e instrução de pesquisa; e sistema de segurança para garantir a integridade de documentos valiosos exibidos online

A missão das escolas do futuro é criar um aluno mentalmente mais ágil, que se interessa por uma gama maior de matérias, que se sente observado e atendido pelo mestre em tempo integral e que tem à disposição os mais modernos instrumentos para avançar com segurança. É a sala de aula se transformando em um grande centro de sabedoria – e com capacidade real de educar um grupo de alunos cujas mentes estão o tempo todo sendo instigadas.

Como ensinar uma criança que vive em um mundo cada vez mais tecnológico?

Com tecnologia de ponta, é claro. Alguns segredos são a criação de um cadastro digital de alunos, baseado em sistema ERP, que gerencia notas, faltas, aptidões, trabalhos pessoais e em grupo, a capacidade de concentração e o relacionamento com os colegas; a monitoração em tempo real de cada aluno pelo professor, que passa a dispor de um ferramental digital no seu dia-a-dia; investimento em novas plataformas (digitais) de ensino, tanto em sala de aula quanto à distância; e manter essas informações acessíveis também aos pais, via celular ou palm.

O notebook e a Internet já são realidade em uma série de universidades norte-americanas, na Europa e na Ásia (os mestres utilizam a web e o PC para criar material a ser ministrado em sala de aula; os alunos navegam para fazer seus trabalhos e suas pesquisas; e muitos trocam informações via Bluetooth durante a aula). Mas somente tecnologia não basta. É preciso inteligência (inclusive artificial) para fazer com que a tecnologia fomente o interesse dos alunos e os ajude a enxergar uma dimensão mais ampla de mundo. Não é fácil, mas é fundamental.

Universidade em Salem, nos Estados Unidos, já integrou a tecnologia ao dia-a-dia dos estudantes

O sistema, portanto, tem de mudar – e no mundo todo. Porque o aluno mudou, e esta é a única variável sobre a qual os atuais professores (ainda) não têm controle.

Dica: Assista ao Papo de Mãe sobre Escola do Futuro




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