Tratamento para diástase abdominal pode ser realizado em casa.
Roberta Manreza Publicado em 17/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h01
Por Rô Nascimento, educadora física.
Tratamento para diástase abdominal pode ser realizado em casa
A cada hora nascem, em média, 327 bebês no Brasil. A cada hora, 327 mulheres se tornam mães, pela primeira vez ou de novo. E todas elas, sem exceção, desenvolvem diástase, condição que se caracteriza pelo afastamento da musculatura da barriga. Mas, a diástase fisiológica, na maioria das mulheres, evolui para a diástase patológica, aquela que não é normal e que não se recupera sozinha após o parto. Atividades inadequadas para gestantes e ganho de peso excessivo são algumas das causas.
Se a diástase for ignorada, a barriga fica com aparência de caída ou estufada, algumas mulheres parecem continuar grávidas, o abdômen fica fraco e com um buraco. Além disso, as mulheres apresentam dor na região lombar, fraqueza no assoalho pélvico, perda de urina ao rir, tossir, espirrar, pular e agachar, dor na relação sexuale também prisão de ventre.
A recuperação dessa diástase patológica pode ser feita através do desenvolvimento da consciência corporal da mulher, da descoberta da força do abdômen e do entendimento sobre a importância da ativação da cinta natural que toda mulher possui.
Muitas mães perderam seus empregos em 2020, deixaram de ter plano de saúde, mas a boa notícia é que o tratamento pode ser realizado em casa e só depende de disposição e consciência. É possível fechar a diástase e recuperar a barriga sem cirurgia!
Caso da atendente de caixa e minha aluna Renata Feitosa. Ela acreditava que a única saída era aceitar o corpo com que ficou depois da gravidez. Antes de iniciar o tratamento, estava com sua autoestima muito baixa, totalmente desanimada e desmotivada, achando que não tinha mais jeito. Quando percebeu que tinha que dar uma atenção maior para o seu corpo, voltou pra academia e conseguiu voltar para o peso de antes da gravidez. Mas a barriga de gestante continuava. Foi quando ela percebeu que tinha alguma coisa ali diferente e errada. E que tinha que correr atrás pra entender o que estava acontecendo com seu corpo e melhorar aquela situação.
O primeiro passo é a identificação. Quando a mulher começa a ter escape de xixi, dor na relação sexual, dor na região lombar, barriga saliente que não vai embora com dieta e nem com exercícios regulares, é um sinal que algo está errado. Esses problemas acabam afetando a autoestima da mulher, que começa a ter vergonha do seu corpo. Param de ir a lugares que geralmente frequentavam, se tornam mais introvertidas.
Como identificar a diástase: deite no chão e flexione as pernas de modo que os pés fiquem totalmente apoiados; levante a cabeça, o pescoço e os ombros do chão como se fosse fazer uma abdominal e, com os dedos, pressione a área ao redor do umbigo (5cm acima e 5cm abaixo) e verifique se há afastamento na região
Não é fácil, mas todo esforço é compensado. A publicitária Paula Dourado e também minha aluna tirou proveito do isolamento social para enfrentar o problema. Sua chave só virou quando, malhando na academia, querendo perder a barriga a qualquer custo, adquiriu uma hérnia de disco. Sua maior dificuldade era, com a correria do dia a dia, dedicar um tempo pra si. Mas, foi durante a pandemia, que ela consegui fechar sua diástase, realizando o tratamento em casa através das aulas online. Com o fortalecimento do abdômen, estabilizou sua coluna, preveniu lesões e aumentou sua autoestima, segundo ela mesma conta.
Benefícios de praticar exercícios para diástase após a gravidez:
Para ajudar a identificar a diástase, desenvolvi um e-book gratuito, que tem ajudado muitas mulheres a dar o primeiro passo para o tratamento e para o aumento da autoestima. Acesse aqui.
LINK: https://www.diastasenapratica.com/como-identificar
Rô Nascimento é mãe do Lorenzo, de 11 anos, e da Mel, de 6, educadora física especializada em gestantes e puérperas e criadora do método Diástase na Prática.