Filhos doentes, mas alunos presentes: saiba mais sobre o Atendimento Escolar Hospitalar e Domiciliar

pmadmin Publicado em 28/02/2011, às 00h00 - Atualizado às 12h08

28 de fevereiro de 2011


Olá a todos!Nosso tema esta semana é “filhos doentes em casa”. Para darmos início às postagens sobre o assunto,  trouxemos o artigo a seguir, de autoria de uma de nossas convidadas, a pedagoga Beatriz Rizek, a quem desde já agradecemos pela participação!*** Filhos doentes, mas alunos presentes: saiba mais sobre o  Atendimento Escolar Hospitalar e DomiciliarPor Beatriz Rizek*Antes de iniciar nosso papo, um alerta: a exemplo do que é dito em vários materiais de divulgação, preciso lembrar a todos que de forma alguma este artigo substitui uma avaliação médica e o devido encaminhamento. Sou pedagoga, tenho formação sólida, muita experiência em sala de aula, estudo as neurociências, mas não sou exatamente da área da saúde, portanto, leiam-me com moderação! O que descrevo aqui limita-se muito mais a divulgar nossos direitos à educação em condições adversas – hospitalar, domiciliar e no leito – do que a esclarecer sobre uma ou outra situação, até porque os exemplos que utilizo têm apenas finalidade didática. Na dúvida, não ultrapasse: procure um profissional da saúde! Isto posto, vamos ao que nos interessa.Muitas vezes, a vida escolar de nossos filhos se transforma de uma caixinha de surpresas para uma caça ao tesouro. Refiro-me, especificamente, à busca pelo tesouro em forma de saúde, elemento fundamental para que a aprendizagem informal e a rotina escolar não sejam interrompidas. Às vezes, começa com um choro, evolui para manhas frequentes, mal humor, irritação, hiperatividade…os “inícios” são muitos e bastante variados e a caça ao tesouro é identificar a causa, já que os sintomas são geralmente conhecidos. Desvendada a causa, começam os cuidados necessários ao pronto restabelecimento do pequeno paciente. Isso, algumas vezes, pode significar perder muitas aulas importantes e até mesmo a impossibilidade de executar tarefas até então simples, como montar um quebra cabeça, ler, escrever, digitar ou, em situações mais graves, falar de maneira clara, mantendo uma comunicação efetiva.Doenças infantis fazem parte de uma vida saudável pois, em certa medida, é tranquilizador saber que algumas dessas doenças dificilmente surpreenderão a criança em fases futuras de seu desenvolvimento. Um adulto com catapora ou caxumba, por exemplo, além de ser algo bastante constrangedor, pode vir a sofrer sérias mudanças em sua vida profissional ou estudantil. Infelizmente, não é só isso: atualmente, nossa vida está mais fragilizada e exposta a episódios decorrentes de violência urbana que, algumas vezes, resultam em síndromes do pânico, transtornos de comportamento, fobia social, déficit de atenção e, em contextos mais graves, comprometimento de uma ou mais partes do cérebro, como no caso de acidentes de trânsito ou de acidentes vasculares. Nessas situações extremas, são desencadeados processos de tratamento intensos e ininterruptos, onde a exigência de internação se faz presente e é inquestionável. Da mesma forma, em situações nas quais o indivíduo encontra-se mental e psicologicamente incapacitado ou impedido de ter vida social e/ou escolar, tratamento e atendimento pedagógico hospitalar / domiciliar estão previstos e podem ser requeridos. Pessoas com comprometimento neurológico ou com transtornos globais de desenvolvimento, por exemplo, também podem ser enquadradas em tais serviços de saúde.Evidentemente, o aproveitamento escolar varia de acordo com a enfermidade e com as condições apresentadas pelo aluno/paciente. Nem sempre a educação hospitalar atende às exigências curriculares impostas pela escola de origem, mas isso é outra história! O fato é que, independentemente da idade ou da fase de vida em que estejam, pais com filhos doentes e que frequentam escola regular têm amparo legal para não interromper ou suspender por tempo indeterminado seus estudos nem comprometer o cumprimento das atividades previstas no calendário escolar. Trabalhos, pesquisas, lições de casa diárias e até mesmo as tradicionais avaliações e provas podem ser feitas em domicílio e/ou na sala de aula hospitalar, quando for o caso. Aliás, habitue-se a perguntar se o hospital que lhe atende dispõe de uma sala de aula própria para estudos mesmo; não para brincadeiras livres nem para atividades conduzidas por terapeutas. Para isso, respectivamente, existem (ou deveriam existir) as brinquedotecas e as ludotecas.Limitando-me a mencionar políticas públicas que promovem a educação escolar em condições especiais, inicio com o documento elaborado pelo Ministério da Educação, em parceria com a Secretaria de Educação Especial, intitulado “Regulamentação da Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Hospitalar”. Por meio dele, o indivíduo hospitalizado ou com assistência domiciliar tem direito até mesmo ao atendimento educacional no leito. Na Regulamentação encontram-se estratégias e orientações específicas. Em seguida, temos a Portaria nº 2.529 de 19 de outubro de 2006, que institui a Internação Domiciliar no Âmbito do SUS. Tanto a Regulamentação como a referida Portaria são documentos praticamente desconhecidos pelas entidades e pela população. No entanto, os direitos existem, podem e devem ser cobrados e aplicados, seja na rede pública, seja na rede particular da saúde ou da educação. Referências: • Brasil. Ministério da Educação. Classe hospitalar atendimento pedagógico hospitalar: estratégias e orientações. / Secretaria de Educação especial – Brasília : MEC; SEESP, 2002. • Escolarização hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. Elizete L. Moreira Matos (org) – Petrópolis;RJ: Vozes, 2009. *Beatriz Rizek é Psicopedagoga, Psicomotricista, Pedagoga Hospitalar e aluna dos cursos Reabilitação Neuropsicológica e Neuroaprendizagem e Transtornos do Aprender. Realiza atendimento educacional domiciliar com apoio de equipe multidisciplinar. Participou do Programa Papo de Mãe sobre “filhos doentes em casa” exibido em 27.02.2011. Site: www.biarizek.com.brE-mail: beatriz@biarizek.com.br. ***UTILIDADE PÚBLICASaúde convoca população para doar sangue antes do CarnavalObjetivo é garantir estoques para o feriado prolongado, período de movimento e acidentes nas estradas

A Secretaria de Estado da Saúde está convocando os paulistas a doarem sangue no período pré-Carnaval. O objetivo é reforçar os estoques dos hemocentros no Estado. Em feriados prolongados, como o de Carnaval, os estoques dos bancos de sangue chegam a baixar 30%. Neste período, geralmente aumenta o número de casos nos quais há necessidade de sangue, como atendimentos de emergência a vítimas de acidentes, por exemplo. O doador deve ter idade entre 18 e 65 anos, peso acima de 50 quilos, estar bem alimentado e apresentar documento original, com foto. Não pode doar sangue quem teve hepatite após os 10 anos de idade, seja portador de hepatite B, hepatite C, Aids e usuários de drogas injetáveis. A lista com endereços dos postos de coleta de todo o Estado pode ser consultada no site da Secretaria de Estado da Saúde: www.saude.sp.gov.br.
Em outras cidades brasileiras vocês podem descobrir como fazer para doar sangue ligando  gratuitamente para o Disque Saúde: 0800-611997.




Filhos doentes em casa