O bom e velho cofrinho!

Roberta Manreza Publicado em 19/02/2015, às 00h00 - Atualizado às 09h06

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19 de fevereiro de 2015


Fernanda de Luca* Quero deixar claro que não tenho nenhuma formação formal como economista, no entanto, como mãe de 3 filhos, tenho doutorado na prática de equilibrar as contas, concordam?  
Na minha opinião, quanto antes os pequenos se conscientizarem sobre o valor das coisas, e que não é fácil ganhar o suado dinheiro para comprar tudo o que eles têm, querem ou precisam, melhor! Ainda pequenos, precisam aprender a cuidar melhor dos próprios bens materiais, por mais simples que possam parecer. Brinquedo, por exemplo, é para brincar e guardar, cuidar bem sem estragar. Descobrir o que é caro ou barato também ajuda a desenvolver o faro para pesquisar preços e economizar.

Como diz o ditado: “É de pequenino que se torce o pepino!” (Noooossa, alguém já tinha ouvido esse??? Minha avó que costumava falar!! rsrsrs. Pronto, entreguei a idade, mais uma vez!!!! Affff!!!)

Vamos a algumas dicas?
Assim que seu filho estiver pronto para entender o que é o dinheiro, apresente as notas e explique a diferença de valores e, o mais importante, dê um cofrinho para ele começar a juntar o próprio dinheirinho. Mas qual será o ganho dele?  
Você pode fixar uma semanada ou mesada, pode pagar por pequenos favores ou serviços por ele prestados e até recompensá-lo por um objetivo alcançado. Mas todo cuidado é pouco! Não transforme isso numa obrigação sua de pagar pelo bom comportamento dele, ok? É apenas para ser uma brincadeira em algumas ocasiões. Lembre-se, você faz as regras, e ambos cumprem! 






Por que será que o primeiro cofrinho quase sempre é um porquinho, hein? Tem gente que diz que é porque na China o Ano do Porco é considerado um ano de muita fartura, outros acham que o porquinho gordinho lembra “dim-dim” acumulado, e tem aqueles que só acham o bicho fofinho. Enfim, não tem regra para o formato do cofrinho. Prefira apenas um modelo que não precise ser quebrado para ser aberto, assim é possível acompanhar a “multiplicação” das moedinhas. Pequenas notas também são bem-vindas, viu?  
Deixe seu filho(a) decidir o que fazer com o dinheiro economizado: tomar um sorvete,  comprar um brinquedo,  guardar para gastar na viagem de férias, etc. Mas prepare-se! O troco que você recebe na padaria vai ficar disputadíssimo, o seu porta-moedas nunca mais será o mesmo, mas é por uma boa causa! 

Nos Estados Unidos, a moda são os cofrinhos com divisões para poupar, gastar, doar e investir. Uma boa ideia e um excelente treinamento para definir prioridades e não estourar as contas. Pesquisadores americanos dizem que muitos adultos passam por problemas financeiros porque não sabem lidar com o dinheiro que ganham e esse aprendizado deve começar na infância. Quem sabe por causa do cofrinho você transforme seu filhote num grande economista?

Então, que tal dar um cofrinho de presente para o seu filho? Depois, conta para a gente os resultados!

Beijos! – *Fernanda de Luca é mãe, jornalista, produtora, repórter do Programa Papo de Mãe e colunista do Portal Papo de Mãe.



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