A colunista Thaissa Alvarenga fala sobre a guerra ucraniana e sua perspectiva, como mãe de uma pessoa com deficiência, do conflito
Thaissa Alvarenga* Publicado em 08/03/2022, às 18h07
É entristecedor olhar tudo que está acontecendo nessa guerra. Toda falta de respeito, falta de empatia e amor ao próximo pela busca por poder. O poder e a ganância de todos avançando sobre as pessoas, as famílias, sobre os seres humanos.
Mulheres sendo obrigadas a se separar de seus familiares em busca de locais mais seguros para suas famílias. No entanto, as mulheres, dificilmente são vítimas passivas. Elas lamentam, lutam contra o sofrimento e muitas se veem obrigadas a se reinventar, abandonando uma antiga identidade e forjando uma nova, formada pela guerra.
Trazendo para um olhar de mães que tem um filho com deficiência, filhos pequenos, e que contam com o apoio de seus companheiros e familiares, é ainda mais devastador.
Vemos pessoas com deficiência sendo abandonadas, sendo usadas como escudo junto com idosos, isso é desumano.
A mulher tem um papel fundamental na sociedade, a mulher profissional, o papel da mulher mãe, aquela pessoa que está junto do marido e filhos.
Quando você olha uma guerra humanitária pelo poder, todos os princípios de empatia, respeito, amor ao próximo, dignidade são esquecidos. O que posso dizer neste Dia Internacional da Mulher é que olhar mais para esse sentimento tão lindo que é o da mãe, da mulher, que consegue numa pessoa só várias identidades: uma leoa lutadora e protetora ao mesmo tempo.
Eu como mãe de três me sinto empoderada, eu como mãe empreendedora social acredito que temos que levantar uma bandeira neste dia para que a guerra acabe e que a força da mulher reverbere como um grande espelho, levantando a bandeira de paz.
*Thaissa Alvarenga é fundadora da ONG Nosso Olhar, do portal de conteúdo Chico e suas Marias e do canal do youtube Inclua Mundo.
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