O drama das crianças em áreas de conflito. Saiba como ajudar.

Roberta Manreza Publicado em 19/08/2016, às 00h00 - Atualizado em 20/08/2016, às 20h48

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19 de agosto de 2016


Clarissa Meyer – Portal Papo de Mãe – Informações da ONU/Brasil

O drama dos civis sírios ganhou destaque na imprensa internacional e nas redes sociais nesta semana através da imagem do pequeno Omran Daqneesh, de apenas 5 anos.

Atordoado, coberto de sangue e poeira após ser resgatado dos escombros durante um ataque aéreo na cidade de Aleppo, na Síria, Omran pode ser considerado como símbolo de uma geração que nasceu e cresceu sem nunca ter conhecido outra realidade a não ser a guerra.

Créditos: Aleppo Media Centre

Crianças em áereas de conflito

Aproximadamente uma em cada nove crianças do planeta vive hoje em zonas de conflito, o equivalente a cerca de 250 milhões de meninas e meninos.

Em 2015, crianças que viviam em países e áreas afetados por conflitos tinham o dobro de chance de morrer de doenças predominantemente evitáveis antes de completar 5 anos de idade do que crianças em outros países.

É preciso levar em conta que nesses países em conflito, a coleta de dados sobre essas realidades é extremamente difícil. Esses números, portanto, podem não refletir adequadamente a amplitude e gravidade da situação.

Foto: UNICEF / Bassam Khabieh

Como ajudar?

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou em maio de 2016 no Brasil a campanha ‘Eu Sou Sofia’. A iniciativa foi criada pelo UNICEF Suécia para dar visibilidade à situação de cerca de 250 milhões de crianças que vivem em países afetados por conflitos.

Além de chamar a atenção para a situação dramática vivida por essas crianças, a campanha pretende mobilizar as pessoas para que sejam doadoras do UNICEF e ajudem a salvar a vida desses meninos e meninas e de outros milhões de crianças vulneráveis.

O trabalho do UNICEF  é realizado em parceria com governos e organizações não governamentais e inclui levar água potável e alimentação para as comunidades afetadas, promover o acesso à educação e à saúde e oferecer tratamento psicológico a essas crianças.

As doações podem ser feitas por meio do site oficial da campanha: www.eusousofia.org.br

Conheça a campanha do UNICEF em apoio às crianças que vivem em áreas de conflito:

Refugiados Sírios no Brasil

De acordo com o CONARE, o Brasil possui atualmente (abril de 2016) 8.863 refugiados reconhecidos, de 79 nacionalidades distintas (28,2% deles são mulheres) – incluindo refugiados reassentados. Os principais grupos são compostos por nacionais da Síria (2.298), Angola (1.420), Colômbia (1.100), República Democrática do Congo (968) e Palestina (376).

A guerra na Síria já provocou quase 5 milhões de refugiados e a pior crise humanitária em 70 anos. Com o aumento do fluxo no Brasil, o governo decidiu tomar medidas que facilitassem a entrada desses imigrantes no território e sua inserção na sociedade brasileira. Em setembro de 2013, o CONARE publicou a Resolução nº. 17 que autorizou as missões diplomáticas brasileiras a emitir visto especial a pessoas afetadas pelo conflito na Síria, diante do quadro de graves violações de direitos humanos. Em 21 de setembro de 2015, a Resolução teve sua duração prorrogada por mais dois anos. Os critérios de concessão do visto humanitário atendem à lógica de proteção por razões humanitárias, ao levar em consideração as dificuldades específicas vividas em zonas de conflito, mantendo-se os procedimentos de análise de situações vedadas para concessão de refúgio.

O Papo de Mãe já fez um programa para falar sobre a situação dos Refugiados no Brasil.  Veja a seguir:

Assista também ao Papo de Mãe sobre Direitos das Crianças: 




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