O que podemos aprender com Greta Thunberg, a jovem autista que se tornou referência na luta pela preservação do meio ambiente

Cada um de nós, com ou sem deficiência, pode lutar por uma causa e fazer da nossa sociedade um lugar mais justo para todos

Thaissa Alvarenga* Publicado em 08/06/2021, às 11h25

A ativista Greta Thunberg - (Reprodução de rede social)

Uma em cada sete pessoas no mundo possui alguma deficiência. Não é à toa que a Agenda 2030 especificou 5 de suas metas com objetivos bem claros sobre tornar o mundo um lugar mais inclusivo. São elas:

Nesta luta para ter um planeta sustentável em um futuro muito próximo, temos Greta, a autista e ativista ambiental que se tornou um ícone quando o assunto é meio ambiente.

A jovem sueca já discursou em eventos internacionais como a Conferência do Clima da ONU e o Fórum Econômico Mundial. A adolescente fez com que o mundo parasse para ouvir o que ela tinha a dizer e isto me traz um conforto e uma esperança em saber que cada um de nós, com ou sem deficiência, pode lutar por uma causa e fazer da nossa sociedade um lugar mais justo para todos.

Sei disso porque tenho vivido como empreendedora social com a ONG Nosso Olhar e o portal Chico e Suas Marias. Um dia de cada vez, uma conquista de cada vez.

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As 17 metas globais da ONU sobre sustentabilidade parecem bem distantes de nossa vida, mas o fato é que estão mais perto do que imaginamos. Então, de maneira bem simples e direta gostaria de perguntar: o que a Agenda 2030 e o ativismo de uma jovem autista tem a ver com a sua vida e com pessoas com deficiência? Bom, aqui em casa sempre falamos sobre preservar o meio ambiente e sempre levamos para a rotina das crianças passeios ao ar livre. Não apenas falamos sobre alimentação saudável e reciclagem, mas nos esforçamos por incluir em nossas refeições produtos de qualidade; e junho é um mês em que não podemos perder a oportunidade de falar sobre Meio Ambiente em nossos lares.

A jovem Greta não discursa apenas por aqueles que são autistas, ela fala por todos e isso mostra o quanto a nossa sociedade está distante de ter a mesma postura, pois há falta de acessibilidade e inclusão em inúmeras áreas.

Educação de qualidade inclusiva e equitativa, emprego pleno para pessoas com deficiência, além de remuneração e trabalho de igual valor, são algumas das metas da Agenda 2030 e o quão longe estamos de alcançar estes objetivos. Chico, meu filho mais velho, foi o primeiro aluno em sua escola com síndrome de Down. Vejo por meio desta trajetória do meu pequeno, que com sua entrada no mundo escolar, uma porta de aprendizado e um novo olhar se abriu para os seus professores, colegas de classe e suas famílias.

Para aqueles que fazem parte de seu convívio, ele se tornou uma referência no que diz respeito não apenas à síndrome de Down, mas também sobre a luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Já imaginou um mundo com acesso universal a espaços verdes e públicos seguros, inclusivos e acessíveis, especialmente para o público com deficiência? Eu não apenas imagino, como convido você a fazer parte desta luta por uma sociedade inclusiva, justa, acessível e sustentável onde todos podemos contribuir com a nossa diversidade assim como a Greta ou como o Chico.

A segunda cartilha com as aventuras do Menino Maluquinho, de Ziraldo, com o Chico e Suas Marias fala sobre alimentação saudável. Neste mês em que comemoramos o dia 5 de junho como o dia do Meio Ambiente, faço um convite especial para embarcar nesta transformação que nos levará para um futuro não muito distante onde sairemos de casa com a fé e esperança de caminhar por um mundo melhor. Para saber mais sobre as metas da Agenda 2030 acesse aqui

Conheça as aventuras do Menino Maluquinho, de Ziraldo, com o Chico e Suas Marias, baixando o e-book.

*Thaissa Alvarenga é criadora da ONG Nosso Olhar e do portal de conteúdo Chico e suas Marias. @ongnossoolhar

Assista à entrevista de Thaissa Alvarenga ao Papo de Mãe

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