Roberta Manreza Publicado em 24/03/2015, às 00h00 - Atualizado às 16h17
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, agência da ONU pediu novos compromissos e novas ações da comunidade internacional na luta contra a doença; em 2013, 9 milhões ficaram doentes e 1,5 milhão morreram.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York
A Organização Mundial da Saúde, OMS, quer acabar com a epidemia da tuberculose até 2035. O objetivo faz parte da estratégia para pôr um fim à doença, lançada em maio do ano passado, quando os países-membros concordaram com um novo plano de ação de 20 anos.
Sociedade civil
Para marcar o Dia Mundial da Tuberculose, neste 24 de março, a agência da ONU fez um pedido a governos, às comunidades afetadas pela doença, organizações da sociedade civil, hospitais e clínicas e a parceiros internacionais.
O coordenador do Observatório Tuberculose Brasil, Carlos Basilia, o Brasil faz parte de um conjunto de 22 países que concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo.
De Brasília, em entrevista à Rádio ONU, o médico falou a doença no país.
“(A situação) coloca o Brasil num grande desafio de desenvolver estratégias e investir recursos e ações no sentido de reduzir a incidência e a mortalidade de tuberculose no Brasil, que é muito grande. Nós temos 70 mil novos casos de tuberculose a cada ano com aproximadamente 4,6 mil óbitos, mortes que poderiam ter sido evitadas”
A OMS quer que todos se unam na adoção da estratégia para alcançar, tratar e curar os que sofrem da doença atualmente.
ODMs
Segundo a agência, houve um grande progresso no combate à tuberculose nos últimos anos e o mundo está no caminho correto para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para reverter a transmissão da doença até o final de 2015.
Mas os especialistas da OMS alertam que isso não é o suficiente. Em 2013, 9 milhões de pessoas contraíram a doença e 1,5 milhão morreram.
A estratégia da organização para acabar com a tuberculose prevê um mundo livre da doença, sem mortes, infecções ou sofrimento. O plano determina metas e ações que devem ser alcançadas e cumpridas por governos e parceiros.
Para a OMS, é fundamental fornecer cuidado específico ao paciente, buscar sistemas e políticas que facilitem os trabalhos de prevenção e cuidado médico e avançar com pesquisas e inovações necessárias para acabar com a epidemia.
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