Os prós e contras dos tipos de parto

Há diferentes formas de dar à luz, cada uma com uma peculiaridade, vantagem ou risco. Entenda as variações.Um dos momentos mais esperados da maternidade é também um dos mais temidos: dar à luz.

Roberta Manreza Publicado em 21/05/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h42

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21 de maio de 2018


Por Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra 

Há diferentes formas de dar à luz, cada uma com uma peculiaridade, vantagem ou risco. Entenda as variações.

Um dos momentos mais esperados da maternidade é também um dos mais temidos: dar à luz. Ao longo de toda a vida, sempre ouvimos relatos sobre o parto, conselhos, dicas e até críticas sobre qual forma de parir é melhor ou pior.

Cinthia Calsinski é enfermeira obstetra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e conta que o tipo de parto não define quem é melhor mãe. “Este é um momento único na vida da mulher. Infelizmente, nem todas podem escolher a forma de parir, por questões de saúde que devem ser conversadas com o obstetra. Ainda assim, todo parto deve ser humanizado e seguro”, destaca.

A enfermeira explica as variedades, prós e contras das formas de dar à luz. Confira abaixo:

Prós: a fisiologia do parto é respeitada na sua totalidade. Há menor risco de complicações, a mulher tem a movimentação e o pleno controle do seu corpo imediatamente após o nascimento. Também há menor perda de sangue se comparada à cesárea.

Contras: não há. “O limiar de dor é bastante personalizado, mas podemos afirmar que a dor do parto natural é suportável, apesar de ser um processo que pode ser cansativo.”

Prós: melhor recuperação; menor risco de infecção e de hemorragias; e menor perda sanguínea quando comparado a cesárea.

Contras: “quando há intervenções na fisiologia natural do parto, aumentam-se os riscos de complicações”, diz Cinthia, que diz que, muitas vezes uma intervenção gera a necessidade de outra, como o pedido de analgesia após o rompimento de bolsa, ou após o uso de medicamentos que aceleram o parto (ocitocina).

Prós: o relaxamento muscular é profundo, reduzindo a dor. “A pressão hidrostática no períneo, assim como a água quente, fazem com que a passagem do bebê seja mais lenta, úmida e amena”, explica Cinthia.

Contras: a pressão arterial da gestante pode cair durante o trabalho de parto e, após o nascimento, é bom sair da banheira para que a água quente não aumente o sangramento após a saída da placenta.

Prós: a cesárea deve ser opção para quando, por algum motivo clínico, o parto vaginal está contraindicado.

Contras: “é uma cirurgia de grande porte que necessita de recuperação para voltar às atividades diárias, podendo dificultar o cuidado do bebê por questões de limitação física e/ou dor”, diz a enfermeira obstetra. Além disso, o procedimento tem maior risco de sangramento, infecção e aumento dos riscos inerentes à analgesia. “Nas cesáreas agendadas fora do trabalho de parto, há ainda o risco do bebê não estar maduro e apresentar complicações, em geral respiratórias, ao nascer.”

*Cinthia Calsinski é enfermeira obstetra, preparada para analisar criticamente a situação da paciente e investigar problemas que possam prejudicá-la ou a seu filho, sempre buscando soluções através de diversos métodos científicos, é habilitada para conduzir um parto quando acontece de forma natural, analisar a gestante, verificar contrações, dilatações e demais alterações no funcionamento do organismo feminino no momento do parto, e discernir quaisquer alterações patológicas que possam requerer um atendimento médico especializado. Por meio de consultorias domiciliares, Cinthia prepara a mãe para o parto, amamentação, como lidar com um recém-nascido com todos os desafios que ele proporciona, cuidados de higiene, preparo do ninho (ambiente do quarto, disposição de móveis, enxoval, treinamento de babás), curso de primeiros socorros, reciclagem para avós, colocação de brincos em meninas.