Oscar estudantil estimula produção audiovisual em escolas do país

Roberta Manreza Publicado em 18/05/2015, às 00h00 - Atualizado às 08h34

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18 de maio de 2015


O Festival Internacional Estudantil de Cinema inicia a sexta edição no próximo dia 24, no município de Barra do Piraí, centro-sul fluminense. Este ano, 20 escolas públicas e privadas participam da mostra local. Para a categoria nacional, foram selecionados dez filmes. Na internacional, devem ser exibidas, pelo menos, três produções da Inglaterra e uma da Argentina, feitas por jovens estudantes, com exibição anterior em festivais estrangeiros de cinema.

Braço educacional do Polo Audiovisual de Barra do Piraí, o festival promove o intercâmbio entre estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, de todo o mundo por meio das exibições. No total, nos últimos cinco anos, foi feita a exibição de 78 filmes na mostra local, 50 filmes na mostra nacional e 25 filmes na competição internacional. Não há tema definido para as produções.

Na mostra municipal, a produção dos curta-metragens é precedida por oficinas de arte para os professores, que aprendem a técnica de produção e podem repassar o conteúdo aos alunos. “Uma vez terminada a filmagem, a Mauá Filmes leva para as escolas os seus equipamentos e eles executam a filmagem”, explicou o cineasta Robson Monteiro, da produtora audiovisual Mauá Filmes, com sede no Brasil, França e Estados Unidos, parceiro operacional do projeto.

As películas devem ter, no máximo, 20 minutos. Os três primeiros lugares de oito categorias serão premiados. Entre os quesitos estão melhor roteiro, melhor direção, melhor atriz, melhor ator, melhor filme júri popular e melhor filme júri técnico. As três melhores escolas que participam da mostra local também recebem troféus. Na mostra competitiva nacional, o melhor filme é premiado com R$ 2 mil, além de troféu.

O festival é conhecido como o Oscar Estudantil Brasileiro, o que contribui para aumentar a autoestima dos estudantes da cidade. “Era uma cidade que até o terceiro ano desse festival nem cinema tinha”, observou Robson Monteiro.

O projeto costuma reunir em torno de 3 mil pessoas na Praça Nilo Peçanha, no centro da cidade, para a apresentação de cada filme. Muitos expectadores levam cadeiras de casa para as sessões. Além da prefeitura de Barra do Piraí, por meio da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, e da Mauá Filmes, a Reluz Logística Reversa é parceira também do projeto. O festival se estenderá até o dia 30 deste mês.

Robson Monteiro destacou que o festival é uma importante ferramenta educacional, na medida em que o evento trabalha diretamente com os professores, para que eles usem a técnica audiovisual dentro das escolas. “Eles [professores] estão utilizando isso de uma forma maravilhosa, que tem obtido muitos resultados positivos. O mérito é todo dos professores.”

Mais informações podem ser obtidas no site da mostra.




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