27 de setembro de 2010
Olá! O tema do Papo de Mãe deste último domingo foi DROGAS. No programa, tivemos a oportunidade de bater um papo muito emocionante com mães que já passaram ou estão passando por esta triste experiência com seus filhos e com as especialistas Dra. Ana Cecília Marques, psiquiatra, e Neide Zanelatto, psicóloga.De acordo com um relatório mundial elaborado pelo Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes, o consumo de drogas ilícitas aumenta cerca de 0,5% a cada ano. Os dados da última pesquisa revelam que cerca de 200 milhões de pessoas, a partir dos 15 anos, fazem uso de drogas ilícitas pelo menos uma vez por ano.Um dos pontos que mais chama atenção é a precocidade com que os jovens iniciam o uso das drogas. Segundo uma pesquisa da UNIFESP realizada em São Paulo com alunos de escolas particulares, o álcool se mostrou, de longe, como a droga mais utilizada entre os adolescentes. 40% dos estudantes haviam bebido no mês anterior à pesquisa e 10% haviam fumado cigarro – a segunda droga mais citada. O álcool é também a droga que começa a ser consumida mais cedo pelos jovens – em média aos 12 anos e meio de idade.É importante lembrar que é proibido vender bebida alcoólica para menores de idade. E neste caso, todo cuidado é pouco. Uma pesquisa realizada pelo SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) em 27 capitais brasileiras, revelou que 22% dos universitários que utilizam álcool correm risco de desenvolver dependência.
Na opinião das especialistas presentes no programa, a droga é um fenômeno de muitas dimensões e complexidades, que pode estar presente em qualquer família de qualquer classe social. E quanto mais cedo iniciado o seu uso, piores as conseqüências. Por ser muito vulnerável, tudo que o jovem fizer nesta fase da vida terá uma dimensão muito grande. Portanto, por maior que seja a curiosidade, a melhor dica é que nunca se experimente qualquer tipo de droga, pois este pode ser um caminho sem volta.Na reportagem de Rosângela Santos, conhecemos a realidade de uma clínica de recuperação de dependentes de drogas. O espaço Gábata fica no interior de São Paulo e reúne histórias de pessoas reféns das drogas que tentam recuperar a própria vida. Ainda no programa, Pedrinho Tonelada foi conversar com as pessoas nas ruas, Davi de Almeida na “vez do pai” conversou com os homens, e Ricardinho, fazendo as vezes de entrevistador, conversou com uma mãe sobre a dependência da filha da maconha, o que acabou provocando sequelas mentais na garota.
Conversamos também sobre a importância dos grupos de apoio aos familiares de dependentes. Na opinião das entrevistadas, sem o auxílio destes grupos não teria sido possível enfrentar tamanho sofrimento. A troca de experiências proporcionada por estes grupos faz com que os familiares se identifiquem com as situações e criem forças para vencer o problema. Por fim, a Dra. Ana Cecília Marques fez um alerta sobre a importância do tema para toda a sociedade. A droga é uma questão de saúde pública e com tal deve ser enfrentada com políticas públicas específicas, que envolvem desde a prevenção até a punição. Esta também é a opinião da psicóloga Neide Zanelatto, para a qual “governo e sociedade devem mobilizar-se para desenvolver políticas públicas que favoreçam a diminuição do consumo global de drogas”.Para quem quiser mais informação sobre o assunto uma boa fonte de pesquisa é o site do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas:
http://www.obid.senad.gov.br/. Também é possível telefonar de qualquer parte do país. O número é 0800 510 0015 e a ligação é gratuita. Indicamos também o
http://www.uniad.org.br/ e o
http://www.abead.com.br/.Este foi um breve resumo do nosso programa deste último domingo. Mas nosso papo não terminou por aí porque até as 21 horas conversamos pelo nosso chat com as especialistas que participaram do Papo de Mãe, o que foi muito interessante e enriquecedor. A propósito, ao longo da semana, as postagens do blog serão dedicadas a este tema.Continue com a gente!Torne-se nosso seguidor assinando nosso Feed. Acompanhe o Papo de Mãe também pelo twitter(@papodemae) e pelo facebook. Você pode ainda enviar perguntas aos especialistas, sugestões e relatos para nosso e-mail:
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