Segunda onda: Atenção para as manifestações da Covid-19 na pele

A população deve saber que qualquer alteração na pele, como sensibilidade ou vermelhidão, principalmente nas extremidades, pode ser um sinal de alerta! 

Roberta Manreza Publicado em 05/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h39

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5 de dezembro de 2020


Vermelhidão e lesão no corpo aparecem principalmente nas crianças. 

Nesse momento em que os casos da covid-19 seguem aumentando e muitos já falam em “segunda onda”, é preciso ficar atento aos sinais da doença, já que a evolução da doença tem diferentes manifestações. Segundo dois estudos publicados no Jornal da Academia Americana de Dermatologia, a incidência de pacientes com covid-19 que apresentaram sintomas na pele como vermelhidão e lesões, assim como dores fortes no corpo, vem aumentando. Esta evidência traz à tona a importância do diagnóstico, já que em sua grande maioria, os infectados não estão sendo testados, sobretudo quando os sintomas apresentados são menos frequentes. 

Em países como Tailândia, Itália e Espanha, a importância desta nova evidência é nítida, já que muitos pacientes manifestam o coronavírus de forma leve, ou de forma assintomática, contaminando pessoas próximas. O que faz com que uma lesão na pele, associada aos sintomas mais comuns de covid-19, passe a ser também, um indicativo da doença. 

A população deve saber que qualquer alteração na pele, como sensibilidade ou vermelhidão, principalmente nas extremidades, pode ser um sinal de alerta! Para erradicarmos a doença é preciso seguir com o tratamento correto e isolamento. Já as lesões tendem a aparecer 3 dias após o início dos sintomas e desaparecem em até 8 dias, sem deixar cicatriz. Crianças têm uma predisposição maior no desenvolvimento desses sintomas, mas essaserupções podeacometer pacientes de qualquer idade.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de pessoas contaminadas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. São mais de 6 milhõesde pessoas com a doença.Os coronavírus humanos foram descobertos pela primeira vez no final da década de 1960, porém, desde 2003, o vírus vem causando diversas epidemias importantes, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS), síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e doença do vírus da corona de 2019, que começou na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China, em dezembro do ano passado, resultando nessa pandemia mundial sem precedentes. 

Prevenção ao Coronavírus 

As formas de transmissão,se dão por meio de gotículas respiratórias, contato direto ou com secreções como saliva, espirro, tosse, aperto de mão, ou pelo contato com objetos e superfícies contaminadas com a boca, nariz ou olhos. A melhor maneira de se prevenir contra o vírus é lavar as mãos várias vezes ao dia com água e sabão. Na ausência de sabonete, é necessário usar desinfetante à base de álcool a 70%. Além de evitar contato com pessoas doentes e usar máscara de proteção. Uma outra medida preventiva é o uso de óculos, pois evita que a pessoa leve à mão aos olhos.

Por Dr.ª Valéria Campos, médica com especialidade  pela  Harvard Medica l School, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e professora na Universidade de Medicina de Jundiaí. 



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