Setembro Verde – Mês da conscientização contra o linfoma alerta para a identificação dos primeiros sinais da doença

Roberta Manreza Publicado em 22/09/2015, às 00h00 - Atualizado às 08h44

-
22 de setembro de 2015


Hematologista do Grupo Oncologia D’Or explica a origem da doença e ainda recomenda alguns cuidados preventivos

HD Comunicação

Ainda pouco conhecido pela população brasileira, o linfoma teve o número de registros duplicados nos últimos 25 anos. No entanto, o mais surpreendente é que o diagnóstico precoce da doença possibilita a cura em 90% dos casos. O Setembro Verde, como é conhecido o mês de conscientização da doença, tem como objetivo alertar a população sobre as causas e tratamentos deste tipo de câncer, que registrou 2.870 casos no país, em 2009, segundo último dado revelado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) sobre a doença.

Mas, afinal, o que são os linfomas? A especialista em hematologia e coordenadora nacional de hematologia do Grupo Oncologia D’Or, Juliane Musacchio, explica que os linfomas são cânceres do sistema linfático que podem se manifestar de diferentes formas e em qualquer lugar do corpo. “Eles se dividem em dois grupos: Hodgkin e não-Hodgkin. Ambos se diferenciam pelo tipo de célula linfática acometida e por alterações em nível molecular”, explica.

Uma das primeiras manifestações da doença é o aumento do volume dos gânglios linfáticos, principalmente, os do pescoço, axilas e virilha. A especialista ainda acrescenta que alguns linfomas estão relacionados a quadros infecciosos, que podem predispor à mutação dos linfócitos. “Em outros casos, fatores ambientais podem ser fortes influenciadores”, sinaliza a médica hematologista.

Uma das informações mais impactantes sobre a doença, segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), é o fato de 70% da população brasileira não saber o significado da palavra linfoma. Juliane destaca o linfoma não-Hodgkin como o mais prevalente.

Já o linfoma de Hodgkin apresenta um tipo de célula linfoide conhecida como célula de Reed-Sternberg. “O linfoma de Hodgkin é altamente curável”, diz Juliane. Segundo a especialista, pacientes diagnosticados com a doença têm entre 70% a 90% chances de cura, inclusive nos casos avançados.

A quimioterapia, imunoterapia e a radioterapia são tratamentos eficazes, segundo a coordenadora nacional de hematologia do Oncologia D’Or. “Hábitos saudáveis de vida, como uma boa alimentação, são atitudes que auxiliam na prevenção da doença”, conclui a especialista. Ainda há a possibilidade de cura pelo autotransplante, em caso de recidiva de doença.

Assista:




linfomalinfoma de Hodgkinlinfoma não-Hodgkinsetembro verde