Mulheres e crianças no alerta da prevenção contra as doenças cardíacas – #SetembroVermelho

Roberta Manreza Publicado em 15/09/2016, às 00h00 - Atualizado às 18h46

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15 de setembro de 2016


Por Roberta Manreza

A campanha

Os problemas do coração representam 43% dos óbitos no planeta, sendo a primeira causa de morte no Brasil e no mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, de 2004 a 2013, eles foram responsáveis por 3.153.175 óbitos no País: uma morte a cada 40 segundos.

As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes do que todos os tipos de câncer juntos; três vezes mais que todas as causas externas (acidentes e violência); três vezes mais que as doenças respiratórias; e seis vezes mais que todas as infecções, incluindo a AIDS.

Para fazer frente a essa epidemia silenciosa, o Instituto Lado a Lado pela Vida realiza pelo terceiro ano a campanha Siga seu Coração – Setembro Vermelho. O tema deste ano é Prevenir, tratar e reabilitar – Qual o seu plano? A edição 2016 quer colocar as pessoas no comando da saúde do seu coração.

O objetivo da iniciativa é ensinar a população a ter um coração mais saudável.  As doenças cardíacas matam 17,5 milhões de pessoas ao ano no mundo todo – esse número representa 31% de todas as mortes no planeta. De cada três mortes, uma é causada por doença cardiovascular. Elas são a principal causa de morte em pessoas de 40 aos 65 anos e responsáveis por 20% de todos os óbitos em adultos acima dos 30 anos.

“Queremos mostrar para a população que a prevenção é um estilo de vida que se deve adotar desde criança e que muitas das doenças do coração são genéticas, mas outras são adquiridas. Por isso, comer bem, praticar exercícios, diminuir o estresse e consultar o médico periodicamente, entre outros hábitos simples, podem salvar o nosso coração”, explica a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira.

Viaduto do Chá – SP / Foto: divulgação

Como cuidar do coração deve ser uma ação de todos, o Instituto convida as pessoas a usarem algo vermelho no dia 29 de setembro, Dia Mundial do Coração. Além disso, ao longo do mês de setembro, estão sendo realizadas diversas ações de conscientização e vários monumentos importantes pelo Brasil serão iluminados de vermelho.

Saiba mais sobre o #SetembroVermelho em www.ladoaladopelavida.org.br, www.facebook.com/sigaocoracaowww.facebook.com/institutoladoaladopelavida

As mulheres

Um dado alarmante para a saúde da mulher. O infarto sempre foi considerado uma doença masculina, mas os números entre o público feminino vem aumentando e preocupando os médicos. No Brasil, quatro em cada 10 mortes por infarto são de mulheres. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Há 50 anos, a cada 10 mortes por infarto, uma era de mulher. Se nenhuma mudança acontecer, não é difícil que as mulheres ultrapassem os homens.

As crianças

A maioria das doenças que afetam o coração na infância é congênita, mas há problemas cardíacos que são adquiridos ao longo da vida. Crianças obesas, por exemplo, podem apresentar antes dos cinco anos sinais de que terão problemas cardíacos no futuro, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Carolina do Norte. Os cuidados desde a infância são fundamentais.

Já o tratamento para doenças cardíacas infantis, as congênitas, nem sempre é oferecido em todos as regiões do país. Muitas famílias inteiras são obrigadas a migrar, em busca de atendimento, especialmente para São Paulo e Rio de Janeiro.

Assista ao Papo de Mãe sobre filhos com doenças cardíacas. O programa conta a história de famílias como a de Dona Carmelita, que viajou mais de 2 mil quilômetros, de Aracaju a São Paulo, para se juntar à filha e à neta de doze anos, que tem uma cardiopatia congênita e aguarda um transplante.

O programa mostra também a importância de associações e clínicas que abrigam essas famílias migrantes, como a Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente Cardíacos e aos Transplantados do Coração, em São Paulo, e o Projeto Pró-Criança Cardíaca, no Rio de Janeiro.

Quem não tem condições de chegar aos grandes centros para tratamento, o TFD (Tratamento Fora de Domicílio) é um benefício definido por portaria do governo federal e concede ao usuário do SUS (Sistema Único de Saúde) o direito de requisitar, junto a prefeituras ou secretarias estaduais de saúde, auxílio financeiro para tratamento de saúde em locais distantes do seu domicílio. Interessados devem procurar mais informações junto ao Conselho Municipal de Saúde de seu município. Outras dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone do Ministério da Saúde: 0800 61 1997 ou pelo site: portalsaude.saude.gov.br

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