Entenda como funciona o primeiro exame oftalmológico do bebê, o Teste do Olhinho. Exame realizado na maternidade e em consultas ao pediatra ajuda a identificar diversos problemas de visão, incluindo câncer raro.
Roberta Manreza Publicado em 27/06/2018, às 00h00 - Atualizado às 12h07
Por Dr. Rubens Belford Neto*, oftalmologista
Entenda como funciona o primeiro exame oftalmológico do bebê, o Teste do Olhinho. Exame realizado na maternidade e em consultas ao pediatra ajuda a identificar diversos problemas de visão, incluindo câncer raro
Quando nasce, o bebê não sabe enxergar. É aos poucos que ele aprenderá a usar a visão, assim como a sorrir, falar, andar etc. E para garantir que as estruturas dos olhos estejam normais, é realizado ainda na maternidade um teste importante, rápido e indolor: o Teste do Olhinho.
“Esse é o primeiro exame oftalmológico realizado no recém-nascido, feito pelo pediatra, e que permite a identificação de uma série de problemas no olho, incluindo catarata, glaucoma congênito e até mesmo o retinoblastoma, um tipo de câncer raro que afeta o olho por dentro e pode ser fatal”, conta o Dr. Rubens Belfort Neto, oftalmologista da clínica Belfort, da capital paulista.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, desde junho de 2010 os planos de saúde são obrigados a arcar com o pagamento do Teste do Olhinho e, antes disso, o exame já era obrigatório em maternidades públicas e privadas de diversas cidades e estados.
“O exame é rápido e avalia o reflexo da luz que entra no olho do bebê, permitindo identificar partes como cristalino, vítreo e retina, além da comparação entre os olhos. Diante de alguma alteração, o bebê é encaminhado para exame oftalmológico especializado e podemos tratar no tempo certo, permitindo o desenvolvimento normal da visão”, explica Dr. Rubens.
Exame normal não descarta avaliações futuras
Dr. Rubens explica que, mesmo que o Teste do Olhinho do recém-nascido seja normal, é importante que o pediatra repita o exame nas consultas de rotina, além de checar problemas relatados pelos pais como estrabismo, vermelhidão etc.
“Os pais e o pediatra devem acompanhar o desenvolvimento ocular das crianças e comparar a visão entre os olhos. Exames periódicos com oftalmologistas também podem ser solicitados pelo pediatra se este julgar necessário.”
*Dr. Rubens Belfort Neto Oftalmologista
Formação e Cargos – Oncologia e Patologia Ocular