Tudo o que você precisa saber sobre Febre Amarela

Roberta Manreza Publicado em 04/11/2017, às 00h00

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4 de novembro de 2017


Por Dra. Rosana Richtmann, infectologista 

A cidade de São Paulo entrou em alerta após um exame detectar o vírus da febre amarela em um macaco encontrado morto no Horto Florestal. Por causa disso, muitas pessoas estão procurando postos de vacinação. As autoridades públicas responsáveis já estão realizando ações preventivas e é importante ressaltar que não há motivo para pânico, afinal, o Estado de São Paulo não apresenta nenhum “caso urbano” de febre amarela desde 1942.

Para sanar possíveis dúvidas, a Dra. Rosana Richtmann, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, responde aos principais questionamentos sobre a febre amarela e os cuidados da gestante e do bebê:

Como a doença é transmitida?

Muito comum na América do Sul e Central, além de alguns países da África, a Febre Amarela é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por um vírus da família Flaviviridae, a mesma da Dengue e do Zika e transmitido por meio da picada de mosquitos em áreas urbanas ou silvestres.

A transmissão se dá exclusivamente pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, no ciclo silvestre, e Aedes aegypti, no meio urbano. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.

Qual é a melhor forma de prevenção?

A principal medida preventiva é a imunização por meio da vacinação, que é altamente eficaz.

Quais são sintomas provocados pela febre amarela?

As manifestações mais leves da doença incluem febre alta de início súbito, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

Apesar de menos frequente, a forma mais grave da doença pode causar cansaço intenso, insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados) e hemorragias, podendo levar a morte.

Qual é o tratamento para a doença?

Ainda não existe um medicamento que atue diretamente no vírus, por isso, o paciente diagnosticado deve ser hospitalizado para tratar os sintomas com reposição de líquidos e monitoramento da atividade hepática e renal.

Quem deve tomar a vacina na cidade de São Paulo?

Nesse primeiro momento, a atenção está voltada para a população da Zona Norte da cidade, onde há maior possibilidade de contato com os mosquitos que transmitem a doença. As ações de prevenção devem ser aumentadas progressivamente ao longo dos próximos meses.

Existe alguma restrição?

Por se tratar de uma vacina de vírus vivo atenuado, existe um risco de complicações em pacientes mais vulneráveis. Fazem parte desse grupo:

De que forma as gestantes e demais pacientes vulneráveis podem se proteger?

Como primeira medida de segurança, esse grupo deve evitar as áreas de mata da cidade, especialmente a região do Horto Florestal. Caso isso não seja possível, existem algumas outras formas de se proteger:

Que complicações a doença pode ocasionar durante a gravidez? E para o bebê?

Como a resposta imunológica da mulher é modificada durante a gestação, muitas doenças infecciosas acabam sendo mais graves para gestantes. No caso da Febre Amarela, caso ocorra a manifestação grave da doença, os efeitos podem ser fatais, tanto para mãe quanto para o bebê.

Diferentemente de doenças como o Zika, não há nenhuma indicação cientifica que a febre amarela durante a gravidez cause sequelas ou problemas congênitos ao bebê.

Quem já é vacinado precisa repetir a dose?

Não é necessário. Segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil adotamos a dose única da vacina.

O Hospital e Maternidade Santa Joana é reconhecido como um grande centro especializado nos cuidados com a saúde integral da mulher e do neonato. Uma das Instituições que mais investem em tecnologia hospitalar e infraestrutura é acreditado pela Joint Commission International (JCI), a mais importante certificação hospitalar do mundo, que atesta a excelência do hospital em segurança do paciente e qualidade do atendimento.

www.santajoana.com.br




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