Turismo Consciente – Dicas para uma viagem tranquila

Roberta Manreza Publicado em 14/12/2014, às 00h00 - Atualizado em 15/12/2014, às 11h51

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14 de dezembro de 2014


O que observar, perguntar em seu passeio ou viagem

Sílvia Basile – Associação Férias Vivas

O mercado está a pleno vapor e preparado para o melhor momento do ano: as férias de verão. O apelo sol e praia, sem dúvida, atrai turistas domésticos e internacionais e movimenta o trade turístico de norte a sul do país.

Vale notar que o fornecedor de produtos e serviços trabalha com uma matéria- prima preciosa -a concretização do sonho das merecidas férias, que povoa o ideário de milhares de turistas. Consumidores que, inundados por imagens publicitárias de lugares maravilhosos, com uma natureza exuberante, serviços primorosos e gente bonita, fica na expectativa, com uma ansiedade quase infantil para fazer parte desse cenário paradisíaco. Não importa o destino, o que se busca alcançar com o sonho varia. Pode ser liberdade, paz, fortes emoções, ou simplesmente relaxar.

Percebemos, entretanto, que muitas vezes a realidade fica distante desse sonho e pode, inclusive, transforma-lo em pesadelo.

Trabalhando há anos na Ong Associação Férias Vivas, notamos que, muitas vezes, é principal ou unicamente o valor financeiro que conta na escolha do pacote. E então, nos vêm importantes questões: será que o menor custo é garantia de um bom serviço? E seu pagamento implica em um fornecimento com qualidade?

Para que surpresas desagradáveis e até mesmo acidentes não ocorram, devemos, antes da compra final, deixar a emoção de lado e nos determos na razão. É imprescindível incorporar no planejamento das férias não só o valor financeiro, mas agregar outros valores como: infra-estrutura hoteleira, experiência e competência dos prestadores de serviços, dos condutores das atividades, dos monitores envolvidos em cada evento. A condição e manutenção dos equipamentos fornecidos fazem também parte desse check list. Assim como não pode ser deixada de lado a obrigatoriedade de levantar a idoneidade e seriedade de empresas terceirizadas como, por exemplo, das companhias de transporte ou fornecedoras de alimentos.

De posse de todas as informações disponíveis e fornecidas de forma transparente é que poderemos avaliar a relação custo x benefício e, então, tomar a decisão final de compra, optando racionalmente e avaliando se queremos um serviço com mordomias ou rusticidade, precário ou com qualidade.

Mas para que essa compra seja feita, de fato, de forma racional o primeiro item a observar é a qualidade da informação fornecida. Temos de fugir de fornecedores que optam por explorar o lado emocional ou mesmo usar de chantagens do tipo “você tem que decidir hoje, senão perde essa promoção incrível”.

O Ministério do Turismo identificando a necessidade de profissionalização do setor no país subsidiou o desenvolvimento de normas no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT CB 54, com destaque para:
•Competências mínimas para condutores, que visa criar um novo parâmetro de qualidade na formação profissional do segmento.
•Informações mínimas que especifica os requisitos gerais mínimos de informações a serem fornecidas antes da formalização da compra.
•Gestão da segurança que especifica requisitos para um sistema de gestão no turismo.

As normas acima relacionadas foram publicadas no final de 2005 e podem ser adotadas de forma voluntária, por qualquer empresa, independente da atividade ou porte.

Partindo do princípio do planejamento consciente, exija do fornecedor a comprovação de atendimento às normas. É provável que você encontre no país 10 ou 20 empresas que já estejam incorporando o conhecimento necessário, mas essa cobrança do consumidor é necessária para motivar os empresários do segmento. Enquanto isso não acontece é possível elencar algumas dicas básicas a serem observadas quando o assunto é contratar um serviço que envolva turismo e lazer. Seguindo-as, não há como errar.

Identifique a razão social, CNPJ e cadastro no Ministério do Turismo de todos os fornecedores envolvidos na prestação do serviço;

Para o empreendimento hoteleiro – verificar:
•Programas de gestão da qualidade, ambiental ou de responsabilidade social
•Infra-estrutura de atendimento emergencial ou parceria com hospital mais próximo e qual a distância desse hospital
•Sistema de prevenção e combate incêndio e brigada de incêndio treinada
•Salva-vidas treinados e plantão das piscinas

Nas atividades – verifique sobre:
•Competência e experiência dos condutores
•Plano de manutenção dos equipamentos utilizados
•Instrução e informação antes e durante a atividade
•Planos de contingência (rotas de escape ou comunicação)

* Sílvia Maria Basile é arquiteta e diretora-presidente da Associação Férias Vivas. Acesse o site da Associação Férias Vivas e veja dicas sobre prevenção de acidentes. 

Dica 1: Assista ao Papo de Mãe sobre Como prevenir acidentes nas férias:

Dica 2: Confira as dicas de segurança para as principais atividades de turismo:

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