23 de maio de 2010
Ela deixou em segundo plano uma carreira em ascensão para se dedicar à maternidade. De volta à tevê, faz um programa dirigido às mães que lhe permite ficar ao lado dos filhos.
Por Júlio César Gonçalves para
Revista BianchiniFoto: Simone Del Campo
Mariana Kotscho abraçou o jornalismo assim que entrou na faculdade, aos 17 anos: foi procurar emprego na Gazeta de Pinheiros, levou um não porque a achavam muito jovem, mas uma enchente no bairro onde morava, Butantã, lhe abriu as portas da profissão. “Tirei fotos, fiz a reportagem e levei pra eles publicarem com a condição de assinarem a matéria”. Foi contratada na hora. Ficou só três meses – o jornal fechou – mas já tinha posto o pé na estrada: entrou no SBT, ficou como rádio-escuta e ao terminar a PUC, foi ser repórter na TV Record. Depois, entrou para a Globo News, ganhou um Prêmio Vladimir Herzog e foi para a Globo, onde permaneceu 12 anos, tendo, inclusive, vivido um tempo no Ceará fazendo reportagens especiais para a emissora. Depois do terceiro filho, tomou uma decisão: ficar mais tempo ao lado das crianças. Foi ser freelancer – fez o SBT Repórter – mas das conversas com as mães jornalistas na redação, passou a alimentar a ideia de fazer um programa dedicado às mães. Assim surgiu o “Papo de Mãe”, único programa da tevê brasileira com esse perfil, exibido pela TV Brasil, uma produção independente que ela apresenta com a amiga Roberta. Nesta entrevista, Mariana fala da sua decisão, do programa, do peso do nome – seu pai, Ricardo, é considerado um dos mais brilhantes jornalistas do País e sua mãe, a socióloga Mara, fundou o instituto de pesquisa Datafolha – e da convivência com os filhos e o marido, o economista Fernando Ansarah.
Você está com 37 anos, em 18 anos de profissão já ganhou prêmio, tinha uma carreira em ascensão e larga tudo pra cuidar de filho, invertendo o que usualmente as pessoas fazem. Valeu a pena? Valeu, com certeza! É engraçado, sinto que investi muito na minha carreira antes, acho que por ser filha de jornalista eu era jornalista desde criança. Eu convivia nas redações, passava plantão com meu pai, às vezes ele ia viajar pra fazer reportagem e eu ia junto, aquilo já fazia parte do meu universo. Então pra mim foi natural fazer jornalismo, entrei com 17 anos na faculdade, com 21 eu já estava formada e senti que, quando entrei na faculdade, muita coisa eu já estava aprendendo ao longo da minha vida. Eu saí da Globo depois de 12 anos: meu terceiro filho já tinha nascido, voltei da licença-maternidade, trabalhei mais uns dois meses e vi que não ia conseguir mais conciliar porque um filho só já era difícil, com três então era impossível, porque o jornalista não tem rotina nenhuma e as crianças precisavam de uma rotina. Tinha dia que eu trabalhava de manhã, saia de madrugada, eu não conseguia organizar a vida das crianças e também não podia sobrecarregar minha mãe, o meu marido também tem horário pra trabalhar, aí falei não, vou sair da Globo, mas nunca pensei em sair e parar de trabalhar, porque hoje em dia ninguém pode porque tem que sustentar a casa e também porque não consegue… Eu adoro a minha profissão, adoro trabalhar em televisão, acho que nasci pra fazer isso porque gosto mesmo, e ao longo desses anos aprendi muito.
Você adora sua profissão, mas ao fazer essa opção pela maternidade deixou-a em segundo plano, não? Deixei, sem dúvida. Na verdade eu não abandonei a carreira, mas mudei o rumo da minha carreira, porque percebi que não basta ser mãe, tem que participar, né? Uma coisa que me chamou muito atenção foi uma vez em que eu estava no plantão, era pra sair 4 da tarde e não me liberavam, deu 7 da noite e eu dizia “mas eu preciso ir pra casa, preciso ver meus filhos”. Aí uma editora disse assim “mas você tem que se acostumar, meu filho também era assim, ele chamava minha mãe de mãe”, aí falei “não, mas os meus filhos vão chamar a mim de mãe, a minha mãe é avó deles”. Eu sempre quis ser mãe, desde criança quis ter filhos e foi muito difícil pra eu engravidar, tive que fazer dois anos de tratamento pra engravidar da Laura. Quando resolvi engravidar da minha segunda filha, também fiz tratamento e o médico falou “olha, se um dia você quiser um terceiro filho, vai ter que fazer tratamento de novo”, porque eu criava anticorpos pros espermatozóides. Minha segunda filha estava com cinco meses e fiquei grávida naturalmente, sem tratamento, sem nada… Eu digo que meu filho André é meu brinde, paguei dois e levei três… Daí foi isso: eu vivi um conflito até tomar a decisão, mas também pesou o fato de que desde os 17 anos eu fazia plantão em fim de semana, plantão em Natal, Reveillon, plantão não sei o quê… Quando você não tem filho é desgastante, mas você não liga tanto, mas aquele negócio de todos os meus filhos em casa no Natal e eu trabalhando, ou a gente viajava no Reveillon e no dia 1º tinha que voltar porque tinha que trabalhar, então eu estava sacrificando demais quatro pessoas né, meus 3 filhos e meu marido, e durante muito tempo deu certo, mas chegou um momento que não dava mais… Então eu tive muita consciência de que eu tinha que mudar o rumo da minha carreira, mas sem abandonar aquilo que eu tinha construído.
A gente vê muito essa coisa da mulher moderna, a carreira em primeiro lugar etc. e tal. Como você vê essa relação: é possível a mulher ser mãe plenamente e bem sucedida profissionalmente? Acho que tem momentos na vida em que você tem que optar, não tem como você querer fazer tudo, né? Não dá pra ser uma excelente profissional, excelente mãe, excelente tudo porque você não dá conta, o dia tem só 24 horas. Então, acho que tem momentos na vida que você faz opções. Tem mulheres que optam pela carreira, tenho amigas que viajam 15 dias por mês, vão para o exterior, são altas executivas, têm filhos e estão felizes e bem resolvidas e tem aquelas que optaram por não ter filhos. Mas o mais importante é você buscar a sua felicidade, não abrir mão da sua carreira pra depois cobrar dos seus filhos, isso é horrível, como também é horrível não abrir mão dos filhos e depois se arrepender.
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é: o importante é estar bem, não existe uma regra, uma receita, é isso? Uma receita geral pra todo mundo não existe, acho que tem mulher que se abandonasse uma carreira em ascensão pra ficar com os filhos ia ser uma mãe até ruim, porque ia ficar o tempo todo reclamando daquela coisa. Eu gosto de levar e pegar meus filhos na escola, levo pro balé, faço lição junto e, mesmo assim, às vezes eles reclamam “você não larga esse computador, fica trabalhando no Papo de Mãe”, aí eu falo “mas filha, graças ao Papo de Mãe e ao computador eu estou aqui com você, senão não estaria, teria que estar na redação, na rua…” Eu acho que uma grande vantagem das mulheres hoje em dia é esse avanço tecnológico que lhes dá a opção de trabalhar de casa. Então não é que eu parei de trabalhar, mesmo que fique em casa, estou o dia inteiro trabalhando, tem computador, tem rádio Nextel … então, o legal é isso, pras mulheres jornalistas principalmente, ou você é vinculada à uma redação ou pode ter uma coisa mais independente.
Quer dizer, com essa parafernália que a gente tem no mundo é possível ser mãe e ser profissional bem sucedida … Sabe o que eu já fiz? Já levei a Laura em festa e o computador junto e fiquei trabalhando no computador e olhando ela na festa … eu não tenho o hábito de ficar no telefone, eu levo o lap top, levo a pasta, sei lá, tem que ir em médico, aí você fica na recepção do médico e levo o computador, porque enquanto espero fico trabalhando, pois apresento o programa, mas eu dirijo também, eu coordeno todas as pautas, e edito junto com outras pessoas. Mas então, por exemplo, a cada 40 dias a gente grava 6 programas, aí durante esses 40 dias tenho que assistir aos programas que a gente gravou pra editar e finalizar, e já preparar o próximo, porque a gente faz todas as reportagens antes, preparo o roteiro, as cabeças…
Como é a rotina da mãe Mariana? É uma mãe sem rotina. Acho que aprendi ou desaprendi como repórter de televisão. Eu nunca tive rotina: tinha dia que entrava às 5 da manhã, tinha dia em que eu entrava às 5 da tarde. Sempre em televisão, pro repórter, pelo menos na minha época, era assim, ligavam 9 ou 10 da noite pra dizer em que horário eu estaria no dia seguinte. Então sempre fui aquela que deu cano no dentista, no médico, porque eu marcava as coisas, mas nunca sabia se eu ia poder ir. Aí eu percebi que as crianças, sim, precisam de uma rotina, e tento me organizar pra elas terem uma rotina. Geralmente é assim: tem o horário do balé da Laura, o horário da escolinha deles, da natação, ou levar em festa, e nisso, nos horário deles vou encaixando meus horários, quando meu marido não pode ajudar conto muito com a minha mãe, que mora aqui perto, mas, normalmente, de manhã levo os pequenos pra escolinha, às 9h ou 9h30, a Laura tem umas atividades e aí ela vai pra escola 1h da tarde, e eles saem às 5h30 e ela sai às 6h10. Aí me divido assim, se eu vou pegar a Laura, minha mãe pega os pequenos, se eu vou pegar os pequenos, meu marido pega a Laura…
E a profissional Mariana, como consegue conciliar com a Mariana mãe? Vem daí a idéia do programa? No fim, acabei juntando o útil ao agradável porque juntei a jornalista com a mãe e virou uma mãe jornalista. Durante o período em que fiquei fazendo freelancer pro SBT Repórter, eu estava com esse projeto na cabeça e percebi que na redação muitas outras jornalistas estavam tendo filhos na mesma época que eu, a Sandra Annemberg, a Rosangela Santos, … todos os nossos filhos têm a mesma idade. Então eu percebia isso: a gente chegava na redação, juntava aquele grupinho de mãe e ficava só falando de fralda, xixi, cocô, chupeta, papo de mãe, e eu falava “puxa isso dá um programa, papo de mãe”. Duas ou mais mães se encontram, começam a falar sobre os filhos, o assunto não para, e uma dá orientação pra outra, na troca de experiências elas aprendem, aí eu falei vou bolar um programa e juntar minha experiência de mãe, com a minha experiência como jornalista. Peguei um caderno, uma caneta, porque repórter de rua – só no final a gente começou sair com lap top na rua – anota tudo à mão, eu fiz as primeiras anotações do programa e falei como que eu vou juntar minha experiência como mãe – sempre li muito, li todos os livros de educação, fui ficando até chata de tanta informação- com a minha experiência como jornalista. Durante todo esse tempo, eu entrevistei mãe de todas as classes sociais, de todas as partes do Brasil, de todas as realidades, e percebi que mãe é mãe em qualquer lugar. Entrevistei as mães no interior do Ceará com filho passando fome, mãe de todas as favelas de São Paulo, mesmo as que têm dinheiro têm os conflitos em relação aos filhos, dá pra fazer um programa reunindo todos os tipos de mãe e eu já tinha entrevistado todos os profissionais também. Você sabe né, depois de um certo tempo você fica até chata porque qualquer assunto que falarem você diz “ah, já fiz matéria sobre isso”, daí o jornalista fica até parecendo meio arrogante como se entendesse de tudo. Quer dizer, a ideia do programa surgiu ali, em conversas de redação com as colegas jornalistas.
Agora, é o primeiro programa pra mãe com esse foco, com essa coisa da tv brasileira … Eu acredito que sim, eu sentia falta de ter um programa assim na tv, quando eu estava de licença-maternidade, pra quem tem tv a cabo tem lá algumas coisas, mas é uma realidade americana que não tem nada a ver com a realidade brasileira, e eu falava “dá pra fazer um programa pra ajudar as mães, um programa de serviço”. A gente quer divulgar tudo o que tem de gratuito no país de serviços, apoio psicológico, ong, então tudo que é público e gratuito a gente divulga. Divulga site, divulga telefone, porque às vezes a mãe precisa ter essas referências.
Você vem da tv comercial, que é criticada porque deseduca um pouco a população, pelo que ela representa de massificação. Aí você coloca no ar um programa falando de mãe em tv pública. Será que pelo seu programa, por essas coisas, não dá pra gente repensar o papel da televisão e dos meios de comunicação? Ou seja, um programa como esse tem função na sociedade brasileira? Com certeza, mas isso foi uma coisa que sempre acreditei: na função social que a televisão e o jornalista têm. E assim, de pouquinho a pouquinho, às vezes fazendo uma matéria sentia que conseguia ajudar alguém ou uma comunidade, alguém que estava com problema, principalmente no Ceará, pra mim foi uma experiência muito importante como profissional e como pessoa.
Ficou quanto tempo no Ceará? Dois anos. Eu conheci uma realidade do Brasil, do sertão, que poucas pessoas conhecem, e fui até finalista do prêmio Ayrton Senna por algumas matérias que fiz lá. Mostrei menininho de 2 ou 3 anos catando lixo na rua pra vender no ferro velho, pra ganhar 2 reais no fim do dia, e essa matéria foi a que encerrou o Jornal Nacional uma vez, e todo mundo começou a mandar ajuda para aquelas crianças, então pensei “puxa, de repente uma matéria pode ajudar, nem que seja uma criança no mundo, já é alguma coisa.
Mas a televisão por isso melhorou? Não menosprezando nenhum canal, você vê alguns programas que deseducam, que eu tenho vergonha de assistir, e eu custo acreditar que a população brasileira queira só assistir porcaria. Acho que as pessoas gostam de informação, de coisas que ajudam, ou de se verem na televisão, mas por um lado, não só da bobagem, da brincadeira, mas assim, a família, quem não quer discutir como educar melhor um filho, ou encontrar melhor tratamento de saúde para um filho? Acho que todo mundo quer né.
Quais são os temas pelos quais as mães se interessam mais? Cada programa tem um tema específico, tem programas mais leves, programas mais fortes, sobre câncer infantil, Síndrome de Down, o sono dos filhos… Mas alguns assuntos se repetem em todos os programas, principalmente sobre o sentimento de culpa de mãe. Seja qual for o problema, a mãe se sente culpada em tudo, ou porque trabalha, ou porque não trabalha, ou porque descobriu que o filho estava com câncer e aí se sente culpada por não ter descoberto antes, porque não sei o que… Então a gente acaba fazendo uma terapia meio em grupo e fala “mães, parem de ter tantos sentimentos de culpa, a gente faz o melhor possível”. Estou aprendendo muito com tudo isso, eu aprendo que tem coisas que são das fases da criança, às vezes tem coisas que você acha que é só do seu filho e em conversa com outras mães descobre que é daquela idade né. Outra coisa que é comum em todos os programas, na hora em que as mães ouvem os filhos falarem ali, elas se emocionam tanto, sempre tem que ter um potinho com lenço de papel porque é uma choradeira…
Você estava na maior emissora do país e vai pra Tv Brasil. Há uma diferença muito grande de exposição, de repercussão. Qual dos dois vale mais a pena? Não me incomoda. A TV Brasil, é uma emissora pequena, é recente, muito bombardeada injustamente ao meu ver, tem uma ótima programação, acho que quem assiste a TV Brasil não tem do que falar mal, ela é pública, aberta, ta aí pra todo mundo, embora muita gente nem saiba direito sintonizar. O que eu to achando legal é que eu tenho um contato muito mais direto com meu telespectador, porque paralelamente ao programa, percebi que hoje em dia não dá pra ser isolado, você tem que ter alguma coisa na internet, então a gente fez o blog, graças a minha amiga Clarissa, mãe de um amiguinho da minha filha, que entende disso e está fazendo. Ali eu tenho muito retorno, a maioria não gosta de escrever num lugar aberto. Sinceramente, e não é da boca pra fora, isso de aparecer mais ou menos não me incomoda, nunca me incomodou, claro que se eu faço uma matéria no Fantástico muito mais pessoas assistem, mas esse programa é como se fosse meu quarto filho. Eu nunca trabalhei porque gosto de aparecer na televisão, e sim porque gosto do que eu faço e ali, no programa, é muito legal a reunião que a gente faz com as mães, e quando termina, as mães choram, se abraçam, ficam amigas, mães que nunca se viram na vida, trocam telefone, e daí o especialista fala que vai ajudar o seu filho. Acho que é isso, tenho mais contato com o telespectador, e isso é muito gostoso.
Então pra você o Papo de Mãe é mais fantástico? Ah é (risos) eu acho né, é meu filho, e eu me sinto muito responsável pelo Papo de Mãe também, adoro fazer matéria do dia a dia, reportagem e tal, mas acho que chega uma hora que você já fez várias vezes a malhação do Judas, o Natal na 25 de março e cansa. Hoje sinto que estou fazendo algo diferente…
Você é filha de um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro, tem o peso do nome, mas tem luz própria, brilho próprio. Como é possível trabalhar isso? Acho que a maldade está na cabeça das pessoas. No começo eu me incomodava muito com isso, eu falava “meu Deus, vou ter que provar em dobro que sou capaz, que essa é minha profissão, que eu tenho o meu talento”. Uma vez fui pedir emprego numa rádio e ouvi “se você tiver a metade do talento do seu pai você é ótima, você fica aqui” ai falei “não quero, muito obrigada” e fui embora. No começo, as pessoas me apresentavam “essa aqui é a filha do Ricardo”, hoje em dia ele brinca e diz assim “esse aqui é o pai da Mariana”. Meu pai não é dono de jornal, não é dono de nada, ele batalha na profissão tanto quanto eu e tenho muito orgulho de ser filha dele, sou filha coruja, sou fã, acho ele um grande jornalista, é lógico que tenho ele como exemplo. Mas quem me conhece, quem já trabalhou comigo sabe da minha força de vontade, do meu talento e que eu batalhei muito pra chegar até aqui. Quando entrei na Globo News, antes dela ir ao ar, meu horário era da meia noite às 8h, ninguém quer trabalhar da meia noite às 8h né, mas eu fiquei lá, pois essa era minha vida. Outro dia fui numa faculdade e percebi que os estudantes acham que tudo é muito fácil, pra qualquer um, que as portas se abrem, que você acabou a faculdade e vai ser repórter da Globo, eu falei “olha, eu comecei como rádio escuta, ganhava um salário mínimo de radialista, já ralei muito, trabalhei de madrugada, trabalhei em fim de semana, engoli muito sapo, você precisa trilhar um caminho pra chegar a algum lugar. Quando meu pai ia trabalhar com política, por exemplo, às vezes muita gente achava que podia ser bom pra mim, mas era ruim, muita gente falava assim, “ah mas essa daí é de tal partido”, e eu sempre me dei bem com todo mundo, sou respeitada por todos os partidos, quem me conhece, quem já trabalhou comigo, quem já foi entrevistado por mim, sabe do meu jeito e como trabalho. Eu sigo minha carreira, meu pai segue a dele.
Mais alguma coisa que você queira acrescentar? Acho que já falei bastante, mas é isso, assista ao “Papo de Mãe”, que está sendo feito com muito carinho e acho que as pessoas ganham muita coisa assistindo ao programa.
http://www.revistabianchini.com.br/entrevistas/um_papo_de_mae.html