pmadmin Publicado em 27/04/2010, às 00h00 - Atualizado em 07/01/2015, às 10h42
Uma campanha lançada no início deste mês, em todo o Brasil, pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), com o apoio do Instituto Abrace e dos laboratórios Abbott pretende chamar a atenção de pais e médicos sobre a importância de imunizar os bebês prematuros. Chamada de Prematuro Imunizado é Prematuro Protegido, a campanha visa estimular o uso de um calendário especial de vacinação para os prematuros, nascidos com menos de 37 semanas de gestação, e que são mais suscetíveis a doenças, principalmente as respiratórias.
São várias as condições que tornam os prematuros mais sujeitos a risco. Além de sua imaturidade imunológica, esses pequenos pacientes, devido à longa permanência nas UTIs neonatais, nem sempre são amamentados, sendo privados desse importante fator de proteção. Além disso, muitas vezes, estão recebendo medicamentos que reduzem a sua imunidade, são portadores de doenças pulmonares, cardíacas, anemias e outras condições debilitantes.Uma das doenças que o prematuro pode adquirir é a bronquiolite, provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e que pode levar a um quadro de asma no futuro. A doença é transmitida pelo ar e o contato direto entre pessoas, sendo mais comum no Brasil entre os meses de abril e setembro. Os sintomas geralmente são reconhecidos pela febre, coriza, tosse, espirros e chiado no peito.Não existe vacina contra a bronquiolite, mas em prematuros (as maiores vítimas da doença) pode ser feito um tratamento profilático, que está previsto no calendário de vacinação. Esta proteção pode ser obtida através da utilização de uma imunoglobulina específica, que nada mais é do que um anticorpo pronto, direcionado contra o vírus, que é conhecido como palivizumabe. Ele deve ser oferecido aos lactentes de risco durante a sua fase de circulação (sazonalidade). São considerados recém-nascidos altamente recomendados para receber a profilaxia os prematuros nascidos com menos de 28 semanas de gestação (sete meses) e os portadores de doença cardíaca e de doença respiratória crônica. Pré-termos nascidos com 29 a 32 semanas também podem se beneficiar da prevenção. São cinco doses mensais consecutivas, aplicadas através de uma injeção intramuscular (na dose de 15 mg por quilo de peso do bebê). Prematuros que recebem alta hospitalar durante a sazonalidade do VSR devem receber a primeira dose ainda na maternidade, antes da alta. CALENDÁRIO DE IMUNIZAÇÃO DO PREMATURO