Ilustração ajuda casais a entender a Fertilização In Vitro, desde a coleta de óvulos e espermatozoides até o desenvolvimento dos embriões
Dr. Alfonso Massaguer* Publicado em 14/06/2021, às 10h29
Como vimos no infográfico acima, a mulher passa pela fase de transferência embrionária, de 3 a 5 dias depois da coleta dos gametas feminino e masculino e fecundação destes em ambiente de laboratório. Isso, quando não se tratar de material genético congelado. O número de embriões a serem transferidos para o útero varia de acordo com o perfil da mulher e com a avaliação do médico responsável, levando-se em conta, principalmente, a idade da mãe e a receptividade de seu endométrio.
O Conselho Federal de Medicina orienta que sejam transferidos no máximo 4 embriões, mesmo porque, quanto mais embriões forem transferidos, maiores são as chances de gestação múltipla, o que pode ser sinônimo de risco à saúde da mãe e dos bebês.
O número de embriões transferidos no procedimento sofre variação de acordo com a faixa etária da mãe:
Até 35 anos de idade: um ou dois embriões;
De 35 a 37 anos de idade: dois embriões;
De 37 a 40 anos de idade: três embriões:
A partir dos 40 anos de idade: quatro embriões
No momento da transferência, alguns cuidados são observados. "É preciso que a mulher esteja de bexiga cheia, para que o útero fique reto e o aparelho de ultrassom possa identificar melhor as imagens, já que uma visão nítida é essencial para a colocação correta do embrião dentro do útero da mulher", explica o especialista.
Dr. Alfonso destaca que a transferência embrionária é completamente indolor, sem necessidade de aplicação de anestesia na paciente. "Para se ter uma ideia mais precisa, o desconforto gerado na colocação lembra a realização de um exame de Papanicolau", simplifica.
Feita a transferência embrionária, a vida da mulher deve transcorrer normalmente, assegura o Dr. Alfonso. Mesmo porque, segundo ele, o processo se assemelha a uma rotina natural de gravidez. A mulher, portanto, pode continuar a estudar, trabalhar e praticar exercícios . "O que se recomenda é que se evitem situações de estresse profundo, além de esforços físicos demasiados. Cumpre salientar que o acompanhamento médico é indispensável, com recomendações específicas de acordo com as características da mãe", finaliza o Dr. Alfonso Massaguer.
*Sobre Dr. Alfonso Massaguer - CRM 97.335
É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e atua em Reprodução Humana há 20 anos. Dr Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida, autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e Canadá.
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