Stella Azulay fala da violência verbal contra crianças. O caso do menino Henry chocou o país. Como promover a prevenção de casos assim?
Redação Papo de Mãe Publicado em 16/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 18h33
Recentemente, um assunto tomou a mídia: o caso do menino Henry. A criança acabou morrendo e era vítima de agressões físicas cometidas pelo padrasto. Como um adulto pode fazer isso com uma criança? A especialista em comportamento humano, colunista do Papo de Mãe e diretora da escola de pais XD, Stella Azulay, faz a pergunta e chama a atenção para a agressão verbal que acontece com muita intensidade em algumas famílias.
Esse tipo de violência passa, muitas vezes, despercebida, mas passa com intensidade e pode provocar consequências muito graves às crianças. A comunicação dos pais e mães com os filhos e filhas envolve forma, tom de voz e palavras corretas.
“A agressão verbal não deixa marcas evidentes aos nossos olhos, porque eles ferem internamente. Palavrões, xingamentos e apelidos ferem e causam dor, que pode ser tão forte como um chute. A violência das palavras vai minando aos poucos, uma destruição a longo prazo que causa impacto na formação do ser humano que está em desenvolvimento”, explica Stella. Como a violência verbal não causa marcas visuais, muitas vezes, os pais não percebem que podem cometer esse tipo de agressão.
E crianças não conseguem verbalizar quando sofrem estas violências. Certas palavras simplesmente não podem nem devem ser ditas porque causam marcas e magoam. Vamos prestar mais atenção nisso? A comunicação violenta causa prejuízos que podem durar uma vida inteira.
Se a criança não consegue verbalizar uma agressão física que ela sofreu, imagina uma verbal? Para a criança, entender, elaborar e verbalizar dores emocionais é muito difícil, mas a conta chega e ela não é barata." (Stella Azulay)
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