A nutricionista Elaine Pádua dá dicas para incrementar as refeições de maneira simples e com um cardápio nutritivo
Rodrigo Moraes* Publicado em 17/10/2021, às 18h09
“Não sou um cara muito eclético na cozinha. Fico mesmo é no arroz e feijão, literalmente”.
Em tom de lamento, a resposta de Rodrigo Arijon expõe um dilema que muitos pais e mães enfrentam no dia a dia: como lidar com a necessidade de preparar para seus filhos refeições não apenas saudáveis e nutritivas, mas também variadas e apetitosas.
“Como não conheço tanto de cozinha, acabo não me arriscando muito”, resigna-se o ator e comediante que, apesar de morar sozinho em São Paulo, recebe com frequência os filhos Benicio, de 10 anos, e Rafael, de 7, muitas vezes em dias alternados, uma vez que o caçula mora em Campinas, no interior do estado.
Ele conta que busca variar as refeições, mas acaba não conseguindo escapar muito da substituição do feijão por lentilha e da carne vermelha pelo frango. Os legumes também não variam muito: abobrinha ou brócolis vão sempre misturados ao arroz.
Para fugir do mais básico, recorre vez ou outra a um macarrão, que ganha molho de atum ou de tomate pelado, ou então às omeletes.
A depender das palavras da nutricionista Elaine Pádua, no entanto, Rodrigo pode ficar despreocupado quanto a sua autoestima como cozinheiro.
“Essa situação retrata a realidade de muitas famílias, que recorrem a busca de uma alimentação mais prática para o dia-a-dia sem se arriscar tanto”, diz a nutricionista, que é autora do livro O que tem no prato do seu filho? Um guia prático de nutrição infantil para pais.
“Isso, porém, pode trazer alguns prejuízos à alimentação, uma vez que as crianças estão em processo de crescimento. Assim, é necessário tentar garantir uma boa variedade de nutrientes, o que fará diferença significativa na saúde delas”, alerta Elaine, que dá algumas dicas para tentar mudar esse quadro.
A primeira delas é fazer com que a criança experimente novos sabores para formar e ampliar o paladar. “Assim, quanto mais variedade o Rodrigo tiver em casa, mais fácil vai ficar.”
No caso das frutas, por exemplo, elas devem estar na altura dos olhos das crianças, sempre com frutas de fácil acesso. “Para sair da mesmice, por exemplo, é possível uns palitinhos de frutas. Corta um pedaço de morango, um de banana, e uma uva e faz um palitinho colorido”, ensina Elaine, que também indica bater as frutas com iogurte, receita que costuma fazer sucesso.
No caso do arroz e feijão, por exemplo, além dos legumes no arroz, o feijão também pode ganhar um pouco de farinha e couve, o que vai dar crocância. E para o macarrão, além do molho de tomate e atum, é possível pensar em um molho pesto com manjericão e pedacinhos de nozes.
“É interessante para as crianças que não têm costume de comer as hortaliças escuras. Elas podem ser batidas no molho, que com o macarrão fica delicioso”, indica a nutricionista.
A pedido do Papo de Mãe, para ajudar Rodrigo Arijon e os pais e mães que não se sentem tão confiantes na cozinha e muitas vezes ficam também sem ideias para novidades, Elaine Pádua listou algumas opções de lanches que contém os mais importantes grupos de alimentos para uma criança: frutas, proteínas, carboidratos, oleaginosas e sucos. Confira:
*Rodrigo Moraes é jornalista
**O Programa Nestlé por Crianças Mais Saudáveis é uma iniciativa global da Nestlé, que assumiu o compromisso de ajudar 50 milhões de crianças a serem mais saudáveis até 2030 no mundo todo. Desde 1999 foram beneficiadas mais de 3 milhões de crianças no Brasil.
Com o lema “muda que elas mudam”, a partir de uma plataforma de conteúdo, o programa estimula famílias a adotarem hábitos mais saudáveis e ainda promove um prêmio nacional que ajuda a transformar a realidade de 10 escolas públicas por ano com reformas e mentorias pedagógicas.
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