A endocrinologista Dra. Mariana Carvalho de Oliveira fala sobre o tema e indica formas de tratamento para os problemas na Tireoide
Redação Papo de Mãe Publicado em 25/05/2022, às 08h00
No dia 25 de maio, comemora-se o Dia Internacional da Tireoide, data em que também está localizada a Semana Internacional da Tireoide, campanhas realizadas pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e que promovem a conscientização da população sobre essas doenças, que geralmente, ao contrário do que pensa o senso comum, possuem diagnóstico simples e tratamentos eficientes. O tema escolhido para este ano é "Menos É Mais".
Segundo a endocrinologista Dra. Mariana Carvalho de Oliveira, o tema busca levar informação na medida certa, pois tem se tornado comum cada vez mais pessoas adotarem a utilização de hormônios tireoidianos sem uma real investigação e adequada indicação, principalmente quando estão em busca de emagrecimento, o que pode acarretar sérios riscos à saúde.
A especialista explica que a tireoide é uma glândula localizada na região do pescoço, que produz hormônios essenciais para o funcionamento do organismo (T3 e T4). Esses hormônios auxiliam no controle do metabolismo energético e dos ossos, além de contribuir para a regulação do sono, crescimento do cabelo, secreção da pele e funcionamento adequado dos pulmões, cérebro, coração e trato gastrointestinal.
As doenças da tireoide podem acometer toda a população, especialmente aqueles que já possuem casos do problema na família, porém, sua prevalência é mais observada em mulheres jovens.
“Entre as condições mais comuns estão as doenças que afetam a produção dos hormônios da tireoide, sendo mais proeminentes os casos de hipotireoidismo (deficiência da produção) em relação ao hipertireoidismo (excesso de produção). Existem também as inflamações causadas por vírus ou bactérias, e os nódulos tireoidianos, sendo a maioria deles benignos”, comenta Dra. Mariana.
No caso do hipotireoidismo o tratamento é realizado por meio da reposição com levotiroxina (o próprio hormônio da tireoide), enquanto no hipertireoidismo podem ser usados medicamentos para controle da produção de hormônios ou iodoterapia.
Já os nódulos precisam ser individualmente avaliados por um endocrinologista para definir se há necessidade de realizar uma cirurgia ou apenas de acompanhamento médico. O mais comum é que não ocorra nenhum tipo de procedimento cirúrgico.
Dessa forma, é imprescindível que o paciente procure ajuda médica aos primeiros sintomas de um problema na tireoide, que podem incluir alterações do sono e do humor, mudança do hábito intestinal, perda ou ganho de peso, sensação de calor ou frio excessivos, queda de cabelo, cansaço, fraqueza muscular e nódulos no pescoço.
“Sem um tratamento adequado, a disfunção tireoidiana corre o risco de progredir, causando uma piora dos sintomas e consequente declínio da qualidade de vida”, alerta Dra. Mariana.
Quem é Dra. Mariana Carvalho de Oliveira?
Nascida em Araraquara, formou-se em medicina pelo Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto. É especialista em Clínica Médica e em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Atualmente, trabalha no Hospital Estadual de Américo Brasiliense (HEAB) e é professora e preceptora do curso de Medicina da Universidade de Araraquara (UNIARA), além de atender em seu consultório localizado na mesma cidade.
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