Investir em ter períodos do seu tempo para fazer atividades de lazer em família e tentar ficar um pouco fora da tentação do combo tv, celular/tablet e vídeogame deve estar na pauta
Rafaella Gato* Publicado em 07/01/2021, às 00h00 - Atualizado em 08/01/2021, às 11h28
Mesmo após os tempos difíceis que passamos em 2020 com pandemia, isolamento social, falta de vacina, aula online e excesso de tela o ano todo, nós e os nossos pequenos chegamos em 2021 e ainda no período de férias escolares. Dias mais quentes e sem muita perspectiva de viagem e passeios para a maioria de nós. Mas como lidar com este período de maneira segura e o que fazer de bom com nossos filhos?
Investir em ter períodos do seu tempo para fazer atividades de lazer em família e tentar ficar um pouco fora da tentação do combo tv, celular/tablet e vídeogame deve estar na pauta. Organizar uma agenda de atividades durante a semana mesmo em casa pode ajudar bastante. Combinar a programação do dia seguinte na hora de dormir pode criar uma sensação de algo especial reservado para o amanhã. Daí para frente vale de tudo: passeio na pracinha perto de casa, tomar um solzinho e pisar na grama. Fazer massinha caseira, tinta natural de vegetais, criar brinquedos com reciclagem da própria casa, colagem e fazer uma receita em conjunto para o lanche são coisas que muita gente tentou lá no começo de tudo em março do ano passado, que podemos resgatar agora sem toda aquela pira de ser a melhor mãe do grupo de mães da escola. Para quem tem condição de ir para praia ou tem acesso a piscina nesta época do ano, respeitando as regras de distanciamento, é hora de lembrar que precisamos ter em mente que as crianças requerem cuidados especiais nestes ambientes. Primeiramente, as regras de segurança básica como respeitar os horários de exposição solar mais adequados para todos, até às 10hs e após às 16hs como período ideal para estar embaixo do solzão. Lembrar que a maioria das bóias são brinquedos e não equipamentos de segurança, por isso a supervisão de um adulto é fundamental o tempo todo quando eles estão na água.
O filtro solar deve ser aplicado pelo menos 15 minutos antes da exposição e não na hora que chegamos no local, daquele jeito apressado e desajeitado, pois existem áreas que podem escapar e que vão causar desconforto e chororô no final do dia (pescoço, orelhas e dobras). A idade mínima para usar filtro solar é de 6 meses e o fator de proteção deve ser pelo menos FP30 e assim como passar antes de ir para o sol, a reaplicação também é super importante e deve ser feita a cada 2 horas ou antes se a criança estiver na água ou suando muito. Lembrando que o filtro solar até os 2 anos de idade deve ser sempre o filtro infantil e não o da família.
Especialmente nesta época, também temos que lembrar dos pernilongos e utilizar repelente está no “combo” do verão seguro. Mas passar qual primeiro: o repelente ou o filtro? O indicado é usar o filtro solar primeiramente e depois de 15 minutos aplicar o repelente, além de também lembrar que este também deve ser reaplicado de acordo com as instruções do fabricante, assim como existe um tipo para cada idade.
Manter a hidratação nos dias mais quentes dentro ou fora de casa deve ser lembrada, então separar a nossa garrafinha e a da molecada sempre com água fresca, abusar de frutas e ter uma dieta mais leve ajuda a ter mais saúde e a proporcionar a sensação de bem-estar em dia.
Se eu não tenho praia ou piscina cabe ser (ainda mais) criativo, com banho de mangueira no quintal ou piscininha de plástico na varanda, que podem garantir dias mais felizes e refrescantes para todo mundo. Cineminha com pipoca à tarde, mexer nas plantinhas da casa todo mundo junto, piquenique na sala, quebra-cabeça, carteado, dominó e jogo da memória.
Quantas lembranças boas podemos construir nestas férias tão atípicas e mais dentro de casa do que nunca! Podemos construir laços de mais proximidade com nossos filhos e também deixar um pouco dessa realidade cortante lá fora e nos curar um pouco com esse amor que está ali ao nosso alcance dentro de casa.
Boas férias a todos! A pandemia não acabou, não esqueçam.
*Por Rafaella Gato, cardiologista infantil e pediatra do Saúde4kids.
Saúde4kids – O amor à medicina uniu as médicas: Fernanda, Rafaella e Ana. Além da vocação em servir aos pequenos, elas tinham outra certeza: precisavam ajudar as mamães. Perceberam que muitas estavam perdidas nesse caminho cheio de novidades e incertezas que é a maternidade e, na busca por informações, as mamães se perdiam ainda mais.
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