Maria Fernanda Lopes desmistifica o mercado financeiro para mulheres e dá dicas de acordo com o perfil e a realidade de cada investidora
Maria Fernanda Lopes* Publicado em 04/09/2021, às 14h23
Durante muito tempo, as decisões de onde investir o dinheiro da família foram exclusivamente da responsabilidade do marido. Tido como “cabeça do casal”, era ele quem decidia onde gastar os recursos ganhos, mesmo aqueles ganhos pela esposa, e onde investir as sobras e economias.
Com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho e com a emancipação feminina, nós passamos a cuidar do nosso próprio dinheiro. Mas ainda temos dificuldades em entender as diversas opções de investimentos para realização dos nossos sonhos e para garantir o futuro de nossos filhos.
Você já pensou qual seria a melhor estratégia de investimentos para o futuro do seu filho?
Existem diversos tipos de aplicações no mercado de investimentos e é muito importante que antes de começar a investir você entenda qual é o seu perfil de investidor e quais são seus objetivos.
Então, sabendo da importância de conhecer mais a respeito desse assunto, que tal dar uma olhadinha nos diversos perfis de investidor para ver onde você mais se encaixa?
O perfil do investidor é a análise feita com o objetivo de descobrir quais são as principais tendências do indivíduo quando o assunto é investimento. Com esse intuito, são realizadas algumas perguntas cruciais para traçar o perfil.
Por exemplo, é possível que, ao fazer o teste, o investidor seja questionado com perguntas do tipo: qual é a sua situação financeira (renda e patrimônio), idade, o quanto sabe sobre o mercado, objetivos etc.
Essas questões têm por finalidade determinar o que é mais importante entre as características principais de um investimento (segurança, rentabilidade e liquidez) para o perfil e também a sua tolerância a riscos.
De maneira geral, o perfil do investidor pode ser dividido em três categorias: conservador, moderado e agressivo. Vamos entender como funciona cada uma. Confira!
Tem como principal característica a prioridade por segurança. Ou seja, o investidor está sempre em busca de compor a sua carteira com aplicações que apresentam poucos riscos, preservando o patrimônio e, por isso, não é incomum que ele vá atrás mais de aplicações de renda fixa. Mas atenção.... Isso não quer dizer que ele não possa ter uma carteira diversificada. É possível, inclusive, que uma pequena parte de seus ativos tenham diferentes níveis de riscos, principalmente, para metas a longo prazo (como, por exemplo, faculdade dos filhos).
É o investidor que até busca segurança, mas não a coloca como o motivo principal, ou seja, tolera alguns riscos. Ele está entre o conservador e agressivo e tende a ser um pouco mais versátil que o primeiro. Investe em renda fixa, multimercados, pode ter uma exposição em renda variável e possui mais conhecimento de mercado. Geralmente, esse tipo de investidor está procurando aumentar o seu patrimônio, por isso, não vê problema em investir pensando em curto, médio ou longo prazo, buscando sempre retornos acima do CDI.
Aqui está o investidor que arrisca mais. Ele dá muito mais importância para a rentabilidade das aplicações do que para as oscilações de mercado e prazos de resgate. Normalmente conhece bem o mercado e aceita perdas de curto prazo, pois entende que isso é passageiro quando se busca por rendimentos mais altos a médio e longo prazos. Tem grande parte da carteira em ações.
Além dessas características, outros parâmetros ajudam a montar uma carteira mais de acordo com sua personalidade e objetivos. Aqui, separamos os principais:
Há dois tipos de prazos que o investidor deve ficar atento, o primeiro é em relação ao seu objetivo. Ele precisa ter uma ideia de quanto tempo pretende investir para chegar ao resultado esperado. Por exemplo: por quanto tempo precisarei investir para arcar com custos educacionais do meu filho?
O segundo é o prazo do investimento. Posso resgatar esse investimento quando precisar dos recursos? Preciso esperar o vencimento ou posso resgatar antes?
O retorno é a característica em que mais as pessoas prestam atenção. Afinal, ela representa o lucro que aquele investimento pode trazer. A escolha vai depender muito mais do objetivo do interessado. Será que esse investimento vai render o que eu preciso para cumprir meus objetivos?
Está relacionado ao perfil do investidor e a como ele lida com suas perdas. O risco do investimento é exatamente a probabilidade da aplicação sofrer variações que a leve a perder seu valor. Saber o nível de tolerância é crucial para escolher uma aplicação. Isto pode ser decisivo quando sua intenção é a de garantir, por exemplo, os estudos do seu filho.
Assim, conhecendo seu perfil, sabendo em que você quer aplicar seu dinheiro, qual o prazo para a utilização do recurso e qual o retorno que você vai ter com o investimento, fica mais fácil tomar sua decisão de como investir.
E claro, procure sempre uma pessoa especializada e instituições financeiras registradas nos órgãos governamentais para aplicar seu dinheiro!
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*Maria Fernanda Lopes, CFP® é Agente Autônomo de Investimentos da One Investimentos/BTG Pactual. Está há 22 anos no mercado financeiro, mãe, esposa e filha. A One com Ela$ é uma assessoria especializada em mulheres que fornece as mais eficientes soluções financeiras, com a intermediação do BTG Pactual, buscando oportunidades, ampliando os horizontes e promovendo o crescimento mútuo.
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