Em entrevista ao Papo de Mãe, Cintia Cercato, endocrinologista e presidente da Abeso, faz o alerta: “É preciso priorizar a alimentação saudável em casa”
Redação Papo de Mãe Publicado em 29/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 18h08
No Brasil, 60% da população está acima do peso. A endocrinologista Cintia Cercato, presidente da Abeso, conta que a obesidade pode afetar qualquer órgão ou sistema do corpo, sendo também um problema de saúde. Mas esses pacientes precisam de acolhimento pois muitas vezes enfrentam preconceito e bullying, principalmente no caso das crianças.
Em entrevista a Roberta Manreza, do Papo de Mãe, Cintia Cercato confirmou que a obesidade infanil aumentou durante a pandemia. Com as crianças em isolamento dentro de casa, elas gastam menos energia e comem mais, muitas vezes alimentos que não são saudáveis.
De acordo com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos está obesa. E um dado que assusta os especialistas: 50% das crianças com menos de dois anos comem alimentos ultraprocessados – que acabam sendo mais rápidos e práticos de preparar. A qualidade ruim de alimentação, além de provocar aumento de peso pode provocar em crianças doenças consideradas de adultos, como hipertensão arterial e diabetes do tipo 2. A obesidade também é um importante fator de risco para formas graves de Covid-19.
Uma outra questão na pandemia é o excesso de telas. Muitas crianças têm aulas em frente ao computador, ou passam horas em frente às telas também para se entreter.
Cintia dá algumas sugestões para uma boa alimentação: além de comida saudável, também chamar as crianças para cozinhar e o momento da refeição ser uma oportunidade para reunir a família. É importante também incentivar brincadeiras e atividades físicas mesmo dentro de casa, como pular corda ou pular elástico.
No site da Abeso há várias informações, dicas, e receitas – inclusive para fazer uma lancheira bem saudável.
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