Síndrome de Down, inclusão e arte

Arte como instrumento da inclusão e da diversidade. No Programa Inclua Mundo no Canal Papo de Mãe

Inclua Mundo* Publicado em 11/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h45

Thaissa Alvarenga, mãe de Francisco, com Síndrome de Down, da Maria Clara e da Maria Antônia, sempre leva a arte para dentro de casa -

Ver crianças brincando com tinta, expressando sua imaginação, criando novas formas e desenhos é uma inspiração. Mas a arte vai além da diversão, ela é um fator estimulante e construtivo de grande importância para o desenvolvimento em todas as fases da infância. Conforme exploram as diferentes cores, texturas e formatos, elas treinam não só as habilidades motoras e sensoriais, mas também suas emoções.

Veja também:

Quando falamos da criança com deficiência, todos esses estímulos são ainda mais essenciais para o desenvolvimento como um todo. É por isso que Thaissa Alvarenga, mãe de Francisco, com Síndrome de Down, da Maria Clara e da Maria Antônia, sempre leva a arte para dentro de casa. “Quando fundei a ONG Nosso Olhar, trouxe esse ponto de reflexão sobre trabalhar a arte como uma forma de inclusão para a deficiência intelectual.”

Bike Art

Em 2019, a ONG Nosso Olhar deu início ao projeto Bike Art, convidando quatro artistas plásticos para decorar uma bicicleta e pintar um quadro ao lado de jovens com deficiência intelectual. Rita Caruzzo foi uma das profissionais que recebeu em seu ateliê uma jovem com Síndrome de Down, a Bia Reis. “Pintei a bike com base no desenho da Bia. Fiz a árvore, que representa a vida, e as borboletas, que são a felicidade em viver.”

Esses quadros pintados pelos artistas com os jovens foram para leilão, gerando renda para a ONG Nosso Olhar, para os artistas e para as pessoas com deficiência. As bicicletas rodaram por vários shoppings de São Paulo com chocolates e doces que eram vendidos por jovens com deficiência, treinados e remunerados pela prestação de serviços.

Neste ano, a segunda rodada da Bike Arte trouxe mais três artistas: Dinas Miguel, Maurício Gigante e Rogério Carnaval, que uniram sua arte à causa da inclusão. “É muito bacana porque é a oportunidade de passar um pouquinho do que a gente sabe. Vemos a alegria deles, os vemos desenvolvendo outro tipo de habilidade”, afirma Maurício.

Para Thaissa, este é só o começo de uma grande causa. “A arte é uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento inclusivo socioemocional porque trabalha a autoestima, a autonomia, busca potencialidades”, afirma. Na tela ou no papel, é na arte que expressamos o que há de mais profundo em nós. Que ela sirva sempre de um instrumento de inclusão para que cada pessoa possa aprender, se desenvolver e buscar a tão sonhada felicidade.

Assista ao Programa Inclua Mundo completo e se inscreva no nosso canal:

*Inclua Mundo, com Thaissa Alvarenga, é um programa produzido para o Canal Papo de Mãe no Youtube

papo de mãeSíndrome de DownInclusãoInclua Mundoinclusão e arte

Leia também

Minha amiga Isis: a inclusão é possível


Inclusão não pode ser a própria exclusão


Crianças com deficiência atrapalham? Veja perguntas e respostas sobre educação inclusiva


'A fala do ministro da Educação não representa uma sociedade que luta pela inclusão'


Secretaria de Educação (SP) e Instituto Ame Sua Mente promovem debate sobre Educação Inclusiva