Papo de Mãe

14 de Novembro – Dia Mundial do Diabetes – Educação para prevenção e controle

Roberta Manreza Publicado em 14/11/2016, às 00h00 - Atualizado às 10h05

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14 de novembro de 2016


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Uma epidemia – é desta maneira que a Federação Internacional de Diabetes (IDF) define a abrangência atual do diabetes ao redor do mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a população mundial com diabetes esteja acima de 380 milhões de pessoas, e deverá atingir mais de 470 milhões até 2035. “O mundo está enfrentando uma epidemia sem precedentes de diabetes”, confirma David Cavan, diabetologista diretor de políticas e programas da IDF. Só no Brasil estima-se que existam 14,25 milhões de portadores da doença, sendo que um a cada dois adultos diabéticos ainda não está diagnosticado.

O diabetes exige alguns cuidados que são para o resto da vida, tanto para o paciente, quanto para a família. Ambos precisam tomar uma série de decisões relacionadas ao tratamento do diabetes: medir a glicemia, tomar medicamentos, exercitar-se regularmente e ajustar os hábitos alimentares. Além disso, pode ser necessário apoio psicológico. Como as consequências do tratamento são baseadas nas decisões tomadas, é de extrema importância que as pessoas com diabetes recebam educação de qualidade, ajustada às necessidades e fornecidas por profissionais de saúde qualificados. “O fato é que o paciente leva um tempo até conseguir compreender e se adaptar à nova condição crônica”, avalia a endocrinologista Denise Franco, pesquisadora do Centro de Pesquisas Clínicas (CPClin) e coordenadora do departamento de Novas Terapias da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “Mas, uma vez que se adapte à nova rotina, tudo fica mais fácil”.

Sem a educação em diabetes, os pacientes estão menos preparados para tomar decisões baseadas em informação, fazer mudanças de comportamento, lidar com os aspectos psicossociais e, por fim, não estar equipado o suficiente para fazer um bom tratamento. O mau controle resulta em prejuízo para a saúde e em uma grande probabilidade de desenvolver complicações. O papel dos educadores em diabetes é essencial, juntamente com a equipe multidisciplinar. O educador faz com que a pessoa com diabetes monitore sua saúde com escolhas e ações baseadas em julgamento vindo da informação.

A maioria dos pacientes não tem acesso à educação em diabetes, devido a fatores como custo, distância e falta de serviços apropriados. Algumas nem sabem dos serviços existentes ou não estão convencidas dos benefícios que a educação em diabetes pode trazer. Esses pacientes podem achar, por exemplo, que a interação com o médico fornece toda a educação de que precisam. A campanha do Dia Mundial do Diabetes vai promover a importância dos programas estruturados de educação em diabetes como a chave para a prevenção e o controle, além de defender mais oportunidades para inserir educação em diabetes junto aos sistemas de cuidados em saúde e às comunidades.

Está faltando educação em diabetes especialmente nos países em desenvolvimento. Mesmo nos países desenvolvidos, muitas pessoas não conseguem ter acesso a ela porque não há educadores e centros em número suficiente para atender o número crescente de novos casos.

Assista ao Papo de Mãe sobre Diabetes e informe-se melhor sobre prevenção e cuidados com a doença.

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