O trabalho de parto normal depende de mulher para mulher, porém é possível a realização de algumas técnicas para tornar essa ocasião mais fácil e rápida, já que o útero é um músculo que se contrai pela ação de estímulos.
Roberta Manreza Publicado em 21/03/2018, às 00h00 - Atualizado às 18h34
Por Dra. Maria Elisa Noriler*, obstetra
Segundo obstetra, métodos ajudam mãe e bebê a se prepararem melhor para o nascimento
A reta final da gravidez que engloba da 25ª até a 42ª semana de gestação é um momento em que começam os preparativos para a chegada do bebê. O trabalho de parto normal depende de mulher para mulher, porém é possível a realização de algumas técnicas para tornar essa ocasião mais fácil e rápida, já que o útero é um músculo que se contrai pela ação de estímulos.
Abaixo, a obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler explica quais são elas:
Dança – Técnica que pode ser realizada com música, de preferência lenta, é indicada para controlar a ansiedade, treinar a respiração e amenizar a dor da futura mamãe, auxiliando para que a dilatação seja mais completa e em menor tempo;
Bola suíça ou bola de pilates – Esse acessório de material elástico e macio ajuda a relaxar os músculos pélvicos e a dilatar o colo do útero mais rapidamente. “Os exercícios de movimento circular dos quadris são associados com técnicas respiratórias e massagens”, explica a especialista.
Caminhada, faxina ou agachamento – A movimentação do corpo da gestante com esses exercícios melhora a circulação sanguínea, acelera as contrações e ajuda a empurrar o bebê para o canal vaginal.
Banhos – Quando realizados em temperatura agradável em torno de 36ºC a 38ºC os banhos de banheira e até mesmo de chuveiro ajudam na oxigenação do útero da mãe, promove a sensação de bem-estar e leveza na futura mamãe.
Segundo o Manual de Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério, da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a imersão na água durante o período de dilatação reduz em 18% a necessidade de analgesia espinhal.
Exercícios de Kegel – Simples movimentos que consistem na contração e descontração de forma repetida do assoalho pélvico. “Auxilia na sustentação da musculatura do útero e da barriga, o que consequentemente facilita o trabalho de parto e evita problemas futuros como incontinência urinária e até hemorroidas”, comenta Maria Elisa.
“Lembrando que qualquer tipo de técnica deve ser realizada a partir da indicação de um obstetra e da condição da gestação de cada paciente”, finaliza a obstetra.
*Dra. Maria Elisa Noriler é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010.
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