A Duquesa de Cambridge, Kate Middleton, deu a luz ao seu terceiro filho na manhã desta segunda-feira, 23/04, e poucas horas depois deixou a maternidade andando, esbanjando uma rápida recuperação e boa aparência.
Roberta Manreza Publicado em 25/04/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h07
A Duquesa de Cambridge, Kate Middleton, deu à luz o seu terceiro filho na manhã desta segunda-feira, 23/04, e poucas horas depois deixou a maternidade andando, esbanjando uma rápida recuperação e boa aparência. Isso aconteceu pelo seu preparo durante a gravidez, do acompanhamento pré-natal, a escolha do parto normal e exercícios da fisioterapia pélvica, com bola, bambolê, na água, etc, para fortalecer os músculos e a região óssea da pelve.
A fisioterapeuta, Thalita Freitas, especializada em Saúde da Mulher pelo HC-FMUSP, conta que a mobilidade durante a gestação e no trabalho de parto traz inúmeros benefícios para a gestante e reduz as chances de sofrimento fetal, além de uma rápida recuperação pós-parto.
Neste vídeo, que já ultrapassou 100 mil visualizações, a fisioterapeuta Thalita Freitas faz um o trabalho de mobilidade, ao som de Anitta, com uma mamãe poucos minutos antes do parto, que aliviou as tensões e a ansiedade, gerando grande emoção.
E segue um texto sobre o assunto:
Mobilidade durante o trabalho de parto alivia dores das contrações
Por Thalita Freitas*, especializada em Saúde da Mulher e obstetrícia (HC-FMUSP)
Fisioterapia Pélvica Funcional desempenha um papel importante contra o sofrimento fetal
A mobilidade da mãe durante o trabalho de parto é um dos métodos mais eficazes para lidar com a dor das contrações. Estudos têm demonstrado que as mulheres que permanecem a maior parte do tempo em posições verticais (sentado, de pé ou caminhando) experimentaram contrações menos dolorosas. Muitas das mães começam o processo de parto enquanto ainda está em casa. Para aliviar a dor, elas podem mudar de postura, caminhar, balançar os quadris de um lado para outro, ou ainda se agachar. A movimentação vai auxiliar o bebê que está descendo em direção ao canal de parto e precisa da ajuda da gravidade para “encaixar” na pelve em uma posição ideal.
Segundo a fisioterapeuta Thalita Freitas, especializada em Saúde da Mulher e obstetrícia (HC-FMUSP), da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, a mobilidade materna durante o trabalho de parto e as posições adotadas no momento do nascimento, desempenham um papel importante no nível de conforto da mãe, e também tem influência em quão rápido e eficaz o trabalho de parto irá progredir. “O posicionamento correto da mãe pode acelerar o trabalho de parto em 50% e reduzir o desconforto das contrações, pois favorece a descida do bebê, diminuindo a pressão em áreas específicas e o esforço muscular desnecessário. A maioria das posições pode ser aplicada na sala de parto com ou sem o uso de acessórios, como uma bola terapêutica, além disso o leito pode ser adaptado à uma posição que facilite a saída do bebê”, explica.
A posição mais utilizada na hora da retirada do bebê (período expulsivo) é com a mulher deitada de barriga para cima e embora essa posição permita à equipe o acesso mais fácil à região pélvica, ela é prejudicial por muitas razões. “A principal é que o canal por onde o bebê tem que passar fica até 30% menor, além disso, o canal do nascimento é efetivamente colocado em uma orientação de subida, forçando a mãe a empurrar contra a gravidade para expulsar o bebê, dificultando a passagem”, diz Thalita.
Posições de nascimento ineficazes podem comprimir os vasos sanguíneos principais, que interferem na circulação e reduzem a pressão sanguínea materna. Esse processo reduz a chegada de oxigênio e diminui a frequência cardíaca do bebê, contribuindo para outras formas de sofrimento fetal.
Com orientação adequada muitas posições podem ser implementadas, e mesmo com anestesia peridural é possível alterar a postura da parturiente, gerando maior conforto para ela, sem comprometer o trabalho da equipe de assistência.
*Thalita Freitas: Fisioterapeuta especializada em Saúde da Mulher, atuante na clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, na área de reabilitação dos músculos do assoalho pélvico e obstetrícia. Foi supervisora do curso de Pós-graduação em Fisioterapia na Saúde da Mulher HC-FMUSP (2015) e coordenadora do curso de Pós-graduação em fisioterapia, no módulo de Uroginecologia, na Faculdade de Medicina da USP (2014). Site: http://www.athalifisioterapia.com