Roberta Manreza Publicado em 25/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 10h38
Por Dr. Carlo Crivellaro*, Pediatra
Quando se tem criança em casa, é imprescindível ter determinados medicamentos à mão, para qualquer emergência ou outras eventualidades. Saiba que produtos e medicações são necessários em situações do dia-a-dia, e que possam diminuir o desconforto das crianças.
Recém-nascidos
Já é conveniente ter em casa, antes de ir para a maternidade, os seguintes itens:
Crianças maiores
Muitos pais administram medicamentos para as crianças, mesmo com sintomas mínimos. Evite o abuso de medicamentos que você não está acostumado a usar.
Febre:
No caso da febre, ela não é a causa primária da doença. É um aviso do organismo de que algo não vai bem. Deve-se estar sempre atento a possíveis sinais e sintomas como dor de garganta, tosse, moleza, entre outros. No primeiro episódio da febre, os medicamentos podem ser à base de paracetamol, ibuprofeno ou dipirona. Procure utilizar a forma mais aceita pela criança. Os medicamentos em gotas são mais fáceis de memorizar a dose. Há medicamentos com sabores em forma de solução, e também supositórios de dipirona, quando as crianças não aceitam medicamentos por boca. Os remédios para febre também servem para a dor. Se a febre persistir e houver outros sintomas, é preciso contatar o Pediatra.
Vômitos ou enjôos:
É recomendável sempre ter dois tipos diferentes, mas apenas os indicados pelo Pediatra.
Gases e cólicas:
Para estes casos, o ideal são medicações à base de Simeticona.
Para viagens:
– Lembrar sempre de levar um termômetro.
– Dependendo do destino, não esquecer filtro solar e repelente.
– Se a criança faz uso contínuo de algum medicamento, este certamente deve estar na mala de viagem.
– Os medicamentos citados anteriormente também não devem ser esquecidos.
– Anti-inflamatórios: não são usados rotineiramente, e deveriam ser utilizados apenas com receita médica. Porém, para viagens com maior dificuldade de acesso à assistência médica, é bom ter à mão, de acordo com a recomendação do Pediatra.
– Antibióticos: sempre que possível, converse com o Pediatra antes. Para viagens longas, vale a pena levar o produto de uso costumeiro. É muito complicado comprar este tipo de medicamento em determinadas regiões, principalmente no exterior.
– Antialérgicos: os pais de crianças portadoras de rinite, eczema e asma já sabem qual o medicamento a ser levado. Para eventual alergia alimentar ou picadas de insetos, leve antialérgicos mais modernos e que não dão sono, como a desloratadina ou a fexofenadina. Estes medicamentos servem também para coriza de um resfriado mais forte.
– Asma: geralmente, as crianças asmáticas já têm a sua farmácia especial para crises e medicamentos de manutenção. Quando elas não estiverem acompanhadas pelos pais durante uma viagem, é preciso deixar com os responsáveis as medicações e explicar os horários e as doses. Ainda assim, deixe sempre telefones de contato para uma emergência.
– Diarreia: o melhor é fazer dieta leve e aumentar a oferta de líquidos e/ou soros orais. Podem ser usados probióticos em sachês ou cápsulas.
Em tempo: a automedicação, principalmente para crianças, não é recomendada, com exceção de casos mais simples ou já conhecidos. Também nunca se esqueça de verificar antes se o remédio está dentro da validade. Por isso, mesmo que você já tenha as medicações em casa, ligue antes para o Pediatra do seu filho e explique os sintomas. Assim, será mais seguro medicar a criança. Em alguns casos, indicar remédios por telefone não será suficiente. O médico terá que avaliar pessoalmente a criança para definir o diagnóstico ou solicitar exames.
*Dr. Carlo Crivellaro, Pediatra com Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria; e Membro da Highway to Health International Healthcare Community