Roberta Manreza Publicado em 09/09/2015, às 00h00 - Atualizado às 06h49
Por Paula Laboissière Edição: Lílian Beraldo Fonte:Agência Brasil
Rocha explicou que as atuais regras de segurança para berço estão em vigência no país desde 2011 e que a proposta que consta na consulta pública, além de aperfeiçoar a regulamentação já existente, inclui diversos tipos de berço – como o berço balanço (imita o movimento de ninar), o berço de movimento pendular (permite movimento em qualquer direção) e o mini berço (utilizado nos primeiros meses do bebê).
Outro aspecto proposto pelo Inmetro trata da proibição das chamadas laterais móveis de berços de madeira ou similares. Segundo Rocha, o monitoramento de acidentes registrados no país e no exterior demonstra que esse tipo de acessório representa fonte de risco para o bebê. “Há o risco de prender o braço, a perna, a cabeça, tudo durante uma operação normal dessa lateral. Além disso, com o uso, a lateral começa a apresentar folgas que colocam a criança em situação de risco”, explicou.
No caso dos chamados berços dobráveis, o Inmetro pretende ser mais rigoroso no quesito respirabilidade do tecido utilizado na fabricação, já que as laterais precisam ser de tecido flexível para que o item possa ser dobrado e facilmente transportado. Outra exigência proposta para esse tipo de berço é que o espaçamento admitido nas laterais, em relação ao colchão, seja reduzido.
A jornalista Rafaella Costa, 29 anos, aguarda a chegada da segunda filha. No sétimo mês de gestação, já está com o quartinho da criança praticamente pronto – inclusive com o berço já montado. Ela conta que, na primeira gravidez, sua principal preocupação estava relacionada à segurança do berço e que o mesmo critério foi utilizado na escolha do produto para a segunda filha.
“Você precisa sempre checar se está tudo ok, se o berço segue todas as regras de segurança. Não estava sabendo das mudanças propostas pelo Inmetro, mas vou manter a atenção redobrada”, disse. “Usei um berço dobrável com a minha primeira filha, mas realmente a atenção tem que ser maior nesse caso. É um berço para emergência, para quando a gente sai, viaja. E, mesmo assim, tem que ficar de olho.”
A contadora Marcela Monte, 34 anos, tem três filhos. O mais novo, Gustavo, de 3 meses, herdou o berço de uma das irmãs. Há seis anos, quando o item foi comprado, as preocupações da mãe incluíam a segurança e a durabilidade do produto. “Olhei as grades, os espaços entre elas, para checar se estava tudo de acordo. Sabia que havia alguns padrões a serem seguidos e é importante estar atenta. Não estava sabendo das mudanças proposta pelo Inmetro, mas vou ficar com os dois olhos bem abertos.”
Quem tiver alguma dúvida, crítica ou sugestão em relação às regras de segurança de berços comercializados no Brasil pode entrar em contato com o Inmetro por meio do telefone 0800 2851818.
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