Saber ler e escrever com autonomia é decisivo para a formação das pessoas, pois esse domínio abre a perspectiva da inserção social e da equidade ao longo da vida.
Roberta Manreza Publicado em 05/06/2019, às 00h00 - Atualizado às 11h09
Por Instituto Ayrton Senna*
O evento Alfabetização 360° na perspectiva da educação integral traz evidências das causas do analfabetismo e propõe um amplo debate sobre possíveis caminhos e políticas públicas para que crianças e jovens do Brasil tenham a oportunidade de desenvolver todo o seu potencial e, assim, transformar suas vidas e a realidade brasileira
Saber ler e escrever com autonomia é decisivo para a formação das pessoas, pois esse domínio abre a perspectiva da inserção social e da equidade ao longo da vida. Mas em matéria de alfabetização das crianças de faixa etária entre os seis e oito anos, o Brasil precisa acelerar os esforços para investir com ousadia e ampliar as fronteiras de qualidade, preparando o estudante como um ser integral.
As propostas de alfabetização que realmente podem apoiar a formação de crianças para serem protagonistas no século 21 devem ser construídas com a perspectiva da educação integral. A aprendizagem de conhecimentos e habilidades cognitivas segue sendo relevante e precisa ser garantida com qualidade, mas tem que conviver com um trabalho igualmente intencional para o desenvolvimento também de competências para a vida, como autogestão, colaboração, criatividade, entre outras.
Um olhar amplo para o potencial de desenvolvimento de cada um é o que se valoriza na educação integral e é essa a alfabetização que os alunos de hoje precisam para se realizarem ainda enquanto crianças, levando isso para a juventude e para a vida adulta.
O Instituto Ayrton Senna, que há 25 anos atua como um dos principais fomentadores da educação integral e do desenvolvimento das habilidades socioemocionais como pilar para a melhoria da educação básica no Brasil, propõe um encontro de reflexão sobre a alfabetização necessária ao século 21. O evento Alfabetização 360° na perspectiva da educação integral buscará mostrar as evidências da causa do analfabetismo e propor um amplo debate sobre possíveis caminhos e políticas públicas para que crianças e jovens tenham a oportunidade de desenvolver todo o seu potencial e, assim, transformar suas vidas e a realidade brasileira.
O evento ocorrerá no dia 10 de junho, na Casa Natura Musical, em São Paulo. Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, fará a abertura do encontro e falará sobre a necessidade de se avançar no desenho de políticas de alfabetização.Inês Kisil Miskalo, gerente-executiva de Educação da organização, apresentará o conceito da Alfabetização 360°, que propõe desenvolver intencionalmente as competências cognitivas e socioemocionais no aluno e trazer múltiplas linguagens para a sala de aula, abordando a criança de forma integral.
Um amplo diagnóstico sobre a alfabetização no Brasil será apresentado por Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper. O atual prefeito de Sobral (CE), Ivo Gomes, apresentará a experiência do município, que fez uma revolução no ciclo da alfabetização e se tornou referência no Brasil, figurando atualmente na primeira posição do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no Ensino Fundamental.
A implementação da BNCC, voltada ao ciclo da alfabetização, será tema de uma mesa redonda na parte da tarde, com a participação de Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação; Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann; e David Saad, diretor-presidente do Instituto Natura; com mediação de João Alegria, gerente geral do Canal Futura.
Representantes do governo e das secretarias de educação também participarão do encontro para debater a gestão das políticas públicas de alfabetização e o regime de colaboração. Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), Alessio Costa Lima, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cecília Motta, presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), Luiz Roberto Curi, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e Ivan Cláudio Siqueira, presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE) serão os convidados da mesa redonda que terá mediação de Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna.
Na ocasião, também será assinado um termo de cooperação técnica entre o Instituto Ayrton Senna e o Conselho Nacional de Educação (CNE), com o objetivo de desenvolver estudos na perspectiva de orientar futuras diretrizes na área da Educação. A parceria colaborativa visa alfabetizar plenamente as crianças brasileiras na idade apropriada, além de promover a educação integral, a fim de desenvolver não só as competências cognitivas como associoemocionais, consideradas fundamentais para o século 21.
Confira a programação completa aqui.
*Sobre o Instituto Ayrton Senna
Há quase 25 anos, o Instituto Ayrton Senna contribui para ampliar as oportunidades de crianças e jovens por meio da educação. Nossa missão é desenvolver o ser humano por inteiro, preparando para a vida no século 21 em todas as suas dimensões. Impulsionados pela vontade do tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna de construir um Brasil melhor, atuamos em parceria com gestores públicos, educadores, pesquisadores e outras organizações para construir políticas e práticas educacionais baseadas em evidências. Estamos em permanente processo de inovação, continuamente investigando novos conhecimentos para responder aos desafios de um mundo em constante transformação.
Partindo dos principais desafios da educação identificados por gestores e educadores com quem trabalhamos no dia a dia, produzimos, sistematizamos e validamos conhecimentos críticos para o avanço da qualidade da educação, em um trabalho conjunto com as redes públicas de ensino. Todo o conhecimento produzido é compartilhado com mais atores por meio de iniciativas de formação, difusão, cooperação técnica e transferência de tecnologia.
Nossas ações são financiadas por doações, recursos de licenciamento e por parcerias com a iniciativa privada. Considerando iniciativas voltadas para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, estamos em 15 Estados e mais de 450 municípios, apoiamos a formação de cerca de 60 mil profissionais por ano e beneficiamos a educação de mais de 1,5 milhão de alunos anualmente.
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