Roberta Manreza Publicado em 09/02/2018, às 00h00
Por Jorge Huberman, pediatra e neonatologista
Segundo especialista, mordedores gelados e uma dose extra de paciência podem ajudar a superar o nascimento dos primeiros dentes
O nascimento dos primeiros dentes de um bebê é sempre um momento de muitas dúvidas. Qual é a hora certa dos dentinhos nascerem? Será que é muito cedo? Será que é muito tarde? É normal ter febre? Essas são apenas algumas das perguntas que surgem das mamães de primeira viagem nessa hora.
Segundo Jorge Huberman, pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein e do Instituto Saúde Plena, os primeiros dentes a se desenvolverem são os incisivos centrais inferiores, que não têm uma data exata para aparecerem, já que cada organismo pode reagir de um jeito diferente. Por isso que esse é um momento de muitas dúvidas. “Via de regra, os primeiros dentes começam a nascer a partir dos seis meses. Mas, é muito comum que alguns bebês desenvolvam a dentição mais cedo, a partir do quarto ou quinto mês de vida, assim como também podem surgir apenas mais perto dos doze meses de idade. Essa variação é absolutamente normal”, explica.
Para o especialista, antes de o primeiro dentinho resolver despontar o organismo do bebê já apresenta alguns sinais de que isso pode acontecer em breve. “Os primeiros sintomas podem aparecer até um mês antes do primeiro dente nascer. Neste período, as gengivas ficam inchadas e avermelhadas, começam a coçar e incomodar. O bebê também passa a babar bastante, já que a erupção dos dentinhos causa salivação excessiva”, relata.
Já na hora de estourar a gengiva, os sintomas se intensificam e costumam incomodar mais a criança, mas os sintomas podem variar. “É importante lembrar que cada organismo reage de um jeito. Tem bebês que não tem sintoma nenhum, outros podem ter mais alterações fisiológicas neste período. É bastante comum que a erupção dos dentinhos venha acompanhada de uma febre fraca, já que em alguns casos o nascimento dessa estrutura pode desencadear um processo inflamatório no bebê. Distúrbios gástricos e diarreias também são bastante comuns. Além desses sintomas, também é normal que a criança apresente dificuldade para dormir, falta de apetite, choro excessivo e irritabilidade”, detalha Jorge Huberman.
De acordo com o pediatra, geralmente, os sintomas desaparecem em poucos dias, logo que o dente fura a gengiva, mas algumas dicas simples podem ajudar a amenizar dos sintomas. “Uma boa opção é congelar aqueles mordedores de gel. As temperaturas baixas costumam amenizar o incômodo. Massagear e coçar a gengiva do bebê também pode ajudar, assim como pressionar a gengiva com uma gaze embebida em soro fisiológico.”