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Ovorecepção, você sabe o que é?

A ginecologista e obstetra Ligia Santos explica o que é ovorecepção

Mariana Kotscho* Publicado em 29/09/2021, às 13h09

Dra.Ligia Santos, colunista do Papo de Mãe
Dra.Ligia Santos, colunista do Papo de Mãe

A ovorecepção é uma das técnicas utilizadas na fertilização in vitro (quando a fertilização acontece fora do corpo da mulher), ou bebê de proveta. A médica Ligia Santos explica que quando um casal não consegue engravidar, que é considerado infértil quando está há mais de um ano tentando a gestação sem sucesso, é indicada alguma técnica de fertilização - que pode ser mais simples ou mais avançada, dependendo do caso.

Nem sempre é possível fazer a fertilização in vitro com o óvulo da própria mulher. Isso acontece em casos, por exemplo, quando a mulher tem algum problema na produção dos óvulos por ser mais velha, ou ter baixa reserva ovariana, ou uma reserva ovariana de má qualidade ou entrou na menopausa precocemente. Os embriões acabam não sendo saudáveis ou viáveis. Isso também pode acontecer em casos de doenças genéticas. E a ovorecepção pode ser uma opção ainda para casais homoafetivos - tanto de homens quanto de mulheres.

Assista ao vídeo da Dra.Ligia Santos sobre ovorecepção

Para realizar a ovorecepção é possível ter acesso a um banco de óvulos nacional ou internacional. Nestes casos não há contato nenhum com a doadora. Mas a doação também pode ser feita por alguma parente de até quarto grau e deve ser sempre por doação. A venda de óvulos é proibida. A cobrança de valores é feita apenas pelo procedimento e só mulheres de até 37 anos é que podem doar.

Este tipo de tratamento de fertilização é realizado pelo SUS, mas só são recebidas mulheres de até 38 anos no serviço público.

Nas clínicas particulares o preço é bem salgado, alerta a Dra. Ligia: "Por volta de 15 a 20mil reais por tentativa". Ao escolher a doadora, é possível procurar por uma mulher parecida com a que vai engravidar.

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"A ovodoação, ou ovorecepção, é uma forma muito bacana de gerar", diz a Dra. Ligia. Para ela, é uma boa opção às alternativas frustradas para as mulheres que descobrem problemas nos óvulos. Mas é fato que, no SUS, a fila é grande e demorada.

Homens também podem ter espermatozóides doados. A idade máxima do doador deve ser de 45 anos.

*Mariana Kotscho é jornalista

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