Papo de Mãe

S.O.S. PAPO DE MÃE

pmadmin Publicado em 27/07/2010, às 00h00 - Atualizado às 20h27

27 de julho de 2010


QUEM PERGUNTA: Valéria – Paraná.“Olá, sou Valéria, tenho 33 anos e já tive três abortos sempre nos primeiros meses de gestação. Nunca cheguei ao 3º mês completo, não tenho nenhum filho. Fiz tratamento, muitos exames, estudo genético e nada. Durante a gravidez, faço reposição hormonal, já fiz repouso absoluto na última vez mas …. não é tempo ainda. Só que tenho medo de tentar de novo e meu esposo não pensa em adoção. Trabalho com crianças e quero ser mãe. Não tenho nenhum sintoma de endometriose, até porque engravido num período rápido de 3 ou 4 meses de tentativa. Tomei anti-concepcional apenas durante nove meses em 2004. É muito difícil para mim. Meu esposo quer que eu faça terapia, disse que vai ajudar, mas fico meio sem jeito. As pessoas cobram quando se casa e depois quando vai ter filhos. Estou casada há 6 anos, a idade vai passando e não sei o que fazer… Se puderem me ajudar em algo, ficarei agradecida.”
QUEM RESPONDE: Especialista que participou do Papo de Mãe sobre “mãe a qualquer custo”, Maria do Carmo do Amaral Tirado, Psicóloga Clínica e Psicóloga Obstétrica, com certificação em Psicologia da Saúde. Atualmente coordenadora de prática assistencial psicológica no Departamento de Obstetrícia da UNIFESP, além de atender em consultório particular.
Dra. Maria do Carmo Tirado
“Valéria. Sei o quanto angustia uma mulher em tentar ser mãe. Trabalho diretamente com isso e todos os dias vivencio situações como a sua. É muito importante que tenha contato com uma equipe especializada em aborto habitual, se possível que trabalhe interdisciplinarmente, ou seja, com apoio de psicólogos e enfermeiros habituados com perdas gestacionais recorrentes, até para que seja tratada como um “todo”. Em São Paulo na UNIFESP- Hospital São Paulo tem esse trabalho gratuito, à Rua Borges Lagoa, 418-SP -SP, fone: (011)5084-4997. Contudo, como você é do Paraná, vou tentar ver se neste Estado tem algum centro de referência que possa ajudá-la, ou alguma indicação outra nesse sentido. Fazer terapia nesses casos é fundamental, contudo, é importante que tenha um atendimento especializado conjunto. Alguns aspectos emocionais interferem no processo, mas sem dúvida é importantíssimo que os médicos envolvidos fechem um diagnóstico preciso, sem deixar margem para dúvidas. Um grande abraço.”