pmadmin Publicado em 27/02/2012, às 00h00 - Atualizado em 25/11/2014, às 12h40
27 de fevereiro de 2012
Oi, pessoal!!!
Antes de darmos início às postagens sobre o tema desta semana, vamos publicar o “SOS PAPO DE MÃE” sobre BRIGAS NA ESCOLA, programa que foi ao ar no dia 12.02.2012. Quem responde às perguntas é a pedagoga Larissa Fonseca*, que esteve presente no programa como especialista convidada. Desde já agradecemos aos telespectadores que escreveram e à Larissa pela valiosa colaboração.Briga por brinquedosPergunta:Quando meu filho e os três sobrinhos não se entendiam sobre a divisão dos brinquedos, minha simples e única atitude era recolher os brinquedos durante a discordância e, muito rapidamente, o acordo era obtido entre eles, sem que fosse necessário fazer qualquer outra interferência. Existe(m) falha(s) nesta proposta solução?Larissa Fonseca, pedagoga: Olá. Não existe falha e é uma boa alternativa. Só lembre-se de que ela tem que vir com uma explicação para o ato! Sem se alterar, diga que já que não estão conseguindo dividir os brinquedos e compartilhar a brincadeira adequadamente você recolherá tudo até que entrem em consenso, pois aquele é um momento de diversão e não de briga! Assim que tudo se resolver, parabenize a todos e devolva os materiais, elogiando a atitude de negociação sem brigas entre eles. Parabéns pela iniciativa!AgressividadePergunta:Olá! Tenho uma filha de cinco anos e ela é muito agitada, não para quieta e o comportamento dela em casa e na escola é muito agressivo (grita, faz birra, bate nos colegas de sala, morde a professora). Estou muito preocupada e não sei mais o que fazer…Larissa Fonseca, pedagoga:Olá. Existem muitas causas possíveis para o comportamento de sua filha, mas independente de qual seja, é necessário impor limites a ela, tanto em casa quanto na Escola. Existem alguns comportamentos que são característicos de cada idade, como por exemplo, até os 6 anos, é comum crianças reagirem a determinadas situações com tapas, mordidas, gritos e chutes, dado que ainda não sabem bem como expressar seus sentimentos e agir em grupo. No entanto, independente disso ser ou não uma atitude característica, é imprescindível que, desde o início, mesmo os pequenos de pouca idade, os pais e educadores orientem e coloquem limites diante desses comportamentos agressivos manifestados. Primeiramente recomendo agendar uma reunião urgente com a Equipe Pedagógica da Escola para verificar quais são as situações que desencadeiam esse comportamento em sua filha. Você também deve levar essas observações feitas em casa para a profissional de Escola. É preciso verificar se ela está entediada, se está tendo os desafios adequados, se passa por alguma mudança ou situação que lhe gera inquietação e ela reage com esse comportamento como uma tentativa de chamar a atenção, se faltam-lhe limites ou até mesmo atenção (afinal de contas, muitas vezes, pais e educadores só olham para as crianças quando as mesmas estão fazendo algo errado ou se machucam, então, elas continuam agindo assim pois é o modo que encontraram de ganharem atenção), enfim. Isso porque não basta coibir seu comportamento “agressivo” é preciso solucionar a causa do mesmo, ok? Paralelo a esse cuidado com as causas, é imprescindível que tais comportamentos sejam inaceitáveis. Toda vez que ela gritar, fizer birras ou agir de modo não aceitável, deve perder um privilégio imediato e ser afastada do que está fazendo juntamente com uma explicação do porque você a está repreendendo. Por mais que você esteja brava, demonstre calma e autocontrole, pois se a criança perceber que te afeta com esse comportamento, vai persistir no mesmo. Converse com sua filha e faça com ela combinados e regras simples, claras, objetivas e compreensíveis, mostrando quais serão as conseqüências que ela enfrentará quando agir de modo agressivo e inapropriado a partir daquele momento. Cite quais são os comportamentos inadequados e inaceitáveis. Ela deve estar ciente de que suas escolhas lhe acarretarão conseqüências tanto positivas quanto negativas. Mantenha-se firme no cumprimento desses combinados, independente do local, tempo que durarem as birras, etc. Ela vai testar seus limites e comportamentos e é preciso ser coerente e persistente para que ela perceba que não mais deverá agir desse modo para conseguir o que quer, e que quando agir, receberá uma sanção que não a agradará. Auxiliar as crianças a lidarem com perdas, frustrações e sentimentos de modo apropriado, e assumirem as conseqüências de seus atos inadequados é um bem enorme que os pais passam aos seus filhos. Mas lembre-se, dar limites não significa desempenhar apenas funções punitivas! A boa comunicação, afeto e paciência são grandes aliados para se obter um resultado satisfatório durante essa tarefa. Limites coerentes e claros, respeitados por todos, são o primeiro e fundamental passo para a internalização desses valores. Ceder aos comportamentos negativos das crianças é o mesmo que dizer a elas que não ligam para o seu bem estar. A criança que sente a preocupação dos pais com seus cuidados, se sente amada. *Larissa Fonseca é Pedagoga graduada pela USP, pós graduada em Educação Infantil e Psicopedagogia, Psicomotricista em formação, especialista em comportamento e desenvolvimento Infantil. Participou como especialista convidada do Programa Papo de Mãe sobre “brigas na escola” exibido em 12.02.2012. Contato: [email protected] Segue o Papo de Mãe sobre Brigas na Escola: