Roberta Manreza Publicado em 25/06/2017, às 00h00
Por Taciana Mello e Fernanda Moura, fundadoras do The Girls On The Road
Projeto percorre mais de 20 países atrás de mulheres empreendedoras de sucesso
Quando começamos o projeto há 1 ano, não tínhamos a real dimensão que tomaria e o impacto que provocaria em nós mesmas. Conhecer e contar histórias de empreendedoras ao redor do mundo com o objetivo de inspirar outras mulheres e mostrar que, sim, é possível sempre foi nosso propósito maior. Hoje após quinze países, quase 250 entrevistas realizadas e mais de 80 mil km viajados, nos demos conta que além de inspirador, esse projeto têm sido absolutamente transformador.
Sinceramente, nunca nos vimos como feministas. Vamos deixar de lado por um segundo a imagem de mulheres queimando sutiãs, a imagem mais estereotipada das feministas e nos concentrar no óbvio, mas absolutamente fundamental. Homens e mulheres são diferentes. Entretanto, o fato de sermos diferentes, não quer dizer que nós, mulheres, sejamos menos capazes. Reconhecer que homens e mulheres são diferentes é o primeiro passo. Reconhecer que a igualdade que se busca é de oportunidades, desafios, remuneração, possibilidades, participação, voz ativa. Se isso é ser feminista, nossos nomes já estão na listinha há muito tempo.
As empreeendedoras que entrevistamos poderiam ter se acomodado e adotado o discurso da falta de oportunidades (que é real!!), entretanto, em todos os países, encontramos mulheres que se recusam a acreditar que não se pode mudar, que não conseguem, que não podem, que não devem. Pelo contrário, e apesar de todos os “nãos”, elas têm se lançado a construir negócios que têm resolvido problemas do dia a dia, do nosso futuro, impactando a comunidade a seu redor e ambicionando, sim, mudar o mundo.
Ao contrário do que se repete à exaustão, nos recusamos a acreditar que mulheres são avessas ao risco ou menos competitivas. Temos testemunhado o oposto. Há uma enorme diferença entre não se arriscar e pesar os riscos. Há uma gigantesca distinção entre desenhar os seus próprios passos e seguir o que “todo mundo faz”. Temos conhecido e nos emocionado com mulheres que têm construído seus negócios sob as mais diversas circunstâncias e provado, todos os dias, que não há um único jeito, há o “seu jeito”. Acredite nele.
E os motivos para empreender? A maternidade, a vontade de trilhar um novo caminho profissional, o desejo de construir algo relevante, a identificação de uma oportunidade e, sim, a necessidade de empreender para pagar as contas ao final do mês estão presentes em todos os países, em diferentes intensidades. São mulheres, mães, filhas, irmãs que têm se lançado em áreas como agricultura, biogenética, construção, espacial, trabalhando com realidade virtual, inteligência artificial, wearables, fintechs, manufatura, automotiva…e, claro, moda, cosméticos, alimentação, serviços etc…Estamos em todas as partes e precisamos mostrar isso.
Apoiar o empreendedorismo feminino é o melhor investimento para um futuro mais próspero, mais equilibrado. Promover e criar condições para uma maior participação feminina é necessário do ponto de vista econômico. Nenhum país pode se dar ao luxo de marginalizar metade da população mundial. Contar essas histórias é mostrar a gerações de meninas e garotas que ninguém tem o direito de limitar o seu futuro.
Continuamos na estrada até o final de outubro buscando essas histórias e acreditando que se pelo menos uma delas puder impactar uma mulher a acreditar na sua ideia e tomar o primeiro passo, já terá valido muito.
Para acompanhar o The Girls On the Road
Vídeo do projeto Founders- https://www.youtube.com/watch?v=Glog19hVbqs&feature=youtu.be
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