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Universitários participam da gestão de projeto educacional de 2,6 milhões de reais

Poder aprender na prática, uma das melhores experiências da faculdade

CJE* Publicado em 06/04/2021, às 00h00 - Atualizado em 07/04/2021, às 10h13

Alunos da FGV-SP criam clube de investimento para aprendizado na prática, uma  iniciativa pioneira e rentável.  Com objetivo educacional, o projeto comemora 8 anos e retorno anual superior a 10%, apesar de inúmeras crises e a Covid-19
Alunos da FGV-SP criam clube de investimento para aprendizado na prática, uma  iniciativa pioneira e rentável.  Com objetivo educacional, o projeto comemora 8 anos e retorno anual superior a 10%, apesar de inúmeras crises e a Covid-19

Criada em 2007 a CJE – empresa júnior de mercado financeiro da FGV-SP – conta com sessenta estudantes de todas as graduações da faculdade: Economia, Administração, Relações Internacionais e até Direito, que participam do pioneiro clube de investimento de uma universidade brasileira. “Este é um projeto educacional que procura motivar os membros da CJE a aprender Finanças e Métodos Quantitativos, ilustrando conceitos aprendidos em sala de aula que são utilizados no dia a dia da gestão de um portfólio. Além do mais, os alunos contam com o apoio de pesquisadores de um Centro de Treinamento da Escola de Economia, o que torna o lado educacional ainda mais organizado do que na maior parte das Ligas de investimento das faculdades americanas, por exemplo”, avalia o professor Paulo Tenani, PhD em Economia pela Columbia e um dos coordenadores do Projeto.

Imagem da CJE da FGV-SP
CJE da FGV-SP

Alunos passam por diversos processos de avaliação. Em 2020, 18 cargos foram preenchidos por mulheres

Desde então, centenas de jovens promissores passaram pela CJE, que tem estrutura de mundo corporativo real, com gestores, diretores e até presidente. Para fazer parte da empresa júnior, o aluno passa por diversos processos de avaliação, tanto na qualidade técnica como na sua atuação em trabalho em grupo, levando em conta as habilidades individuais de cada um. Em 2020, dos sessenta cargos, 18 foram preenchidos por mulheres, o que é um avanço na realidade do mercado financeiro.

Hoje, o portfólio gerido – que por ser um projeto educacional é fechado para captação – conta com o investidor Caio Villares, além de duas outras famílias. “O projeto evoluiu muito com aprendizados coletivos, e refinamento de teorias e adaptações ao nosso mercado local”, aponta Caio. A longevidade do projeto e o desempenho acadêmico dos membros comprovam que os objetivos educacionais estão sendo atendidos: “Em 2021, o projeto fará 8 anos e já passamos por inúmeras crises, a da COVID-19 sendo apenas a última delas. Durante todo este tempo manteve-se a disciplina de investimentos , além de sempre aplicar bem os conceitos de finanças.

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O ótimo desempenho do Clube – retorno anual superior a 10% – é uma consequência e diz muito sobre o mérito dos membros que participaram do projeto”. Paulo ainda complementa: “Nunca perdemos de vista o lado educacional dos alunos. Dentro do clube a rentabilidade nunca é cobrada dos membros, reforçando a qualidade técnica da capacitação adquirida pelos mesmos na empresa. Queremos que os estudantes tenham na CJE a melhor das equações: a soma do lado profissional técnico/prático com a parte acadêmica”.

A CJE conta com R$2,6 milhões. Aprendizado na prática e lançamento de capital humano no mercado financeiro

Atualmente o projeto conta com R$2,6 milhões sob gestão. Os membros da CJE podem criar estratégias e ver seus impactos de uma maneira muito mais tangível e emocionante. ”A construção da carteira de ações é feita em julho de cada ano, sempre por alguma variante do modelo Fama & French e determina os ativos do clube. Ao longo do ano podemos realizar semanalmente passos táticos para aumentar ou diminuir a exposição em certas classes de ativos ou em ativos específicos. Nunca pensei que em minha graduação teria um contato tão próximo com um projeto assim. Poder aprender na prática foi com certeza uma das melhores experiências da faculdade” explica Miguel Troppmair, aluno do quarto ano de Economia e membro do projeto.

Muitos dos ex-membros da CJE garantem que a passagem pela empresa júnior propiciou uma melhor adaptação ao mercado de trabalho. “A CJE é a uma excelente plataforma de lançamento de capital humano no mercado financeiro”, revela Vinicius Espósito, formado em Economia pela FGV, e que, depois de um Mestrado em Finanças pelo MIT, hoje trabalha em Wall Street fazendo parte da equipe do maior fundo de investimento do mundo, o Bridgewater Associates.

Para 2021, a atual equipe da CJE busca inovação – e não somente na área de investimentos. O grupo tem como objetivo inovar ainda mais em projetos educacionais. Não só isso, a CJE quer ter um foco cada vez mais atento e poder capacitar seus membros em questões mais humanas, como diversidade. Com isso, conquistam-se profissionais muito preparados para enfrentar o mercado de trabalho.

*CJE – empresa júnior de mercado financeiro da FGV-SP. 

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Assista à entrevista com Betina Roxo, colunista do Papo de Mãe, com dicas para fazer seu dinheiro render:

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