15 de maio é o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares

No Brasil, a taxa de internações por infecções hospitalares representa 14%; a Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues explica como prevenir esses problemas

Redação Papo de Mãe Publicado em 15/05/2022, às 06h00

É necessário prestar atenção na higiene em ambientes hospitalares -

Instituído pelo Lei nº 11.723/2.008, o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares é destinado a conscientização de autoridades sanitárias, diretores de hospitais e profissionais de saúde sobre a importância da fiscalização desses problemas. Segundo a infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são doenças graves e que impactam significativamente a vida dos pacientes.


“É considerada uma infecção hospitalar toda infecção adquirida após a admissão em uma unidade hospitalar, podendo se manifestar não apenas durante a internação, mas também após a alta do paciente. Muitas vezes é responsável por um aumento do tempo de internação, além de se apresentar como causa de morbidade. Fatores que caracterizam esse cenário como um problema de saúde pública”, explica a médica.


Quando se trata de unidades de terapia intensiva (UTIs), o risco de contrair uma IRA é ainda maior, devido ao uso de equipamentos mais invasivos, como cateter e respirador de ventilação mecânica, que se tornam facilitadores da entrada de vírus e bactérias. No Brasil, a taxa de infecção hospitalar chega a 14% de todas as internações, de acordo com o Ministério da Saúde.


Existem ainda diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orientam sobre a correta higienização das mãos em serviços de Saúde, explicando que essa simples tarefa de limpeza, no momento certo e da maneira correta, pode salvar vidas. “As orientações são baseadas em evidências e auxiliam os serviços de saúde a melhorarem a higiene das mãos e consequentemente reduzirem as IRAS”, diz Dra. Ana Rachel.
A boa higiene das mãos deve ser praticada tanto por profissionais da saúde, quanto por visitantes que adentrem as dependências hospitalares, e pode ser feita com água e sabão ou através da fricção das mãos com álcool 70%.

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“Outras recomendações incluem a manutenção de unhas curtas e limpas, não usar adornos e que não sejam levados alimentos, flores ou quaisquer outros objetos que possam contar microorganismos prejudiciais ao tratamento”, orienta a especialista.
O mais importante é que paciente, visitantes e os responsáveis pelo atendimento médico mantenham um contato direto e com esclarecimento sobre todas as etapas e esclarecimento de dúvidas em relação aos cuidados à pessoa que se encontra em unidades de saúde . “Assim, é possível entender todos os processos necessários para o tratamento, de forma que todos possam contribuir ativamente com a recuperação do paciente”, comenta a infectologista.

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